Giulia Bergamasco Costa, Cláudio José Beltrão, Ana Vitória Scherner Mazzarollo, E. Pinto, J. M. V. Xavier, Gabriela Barcella
{"title":"O PERFIL DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM 5 ANOS DE NOTIFICAÇÃO NA CIDADE DE CURITIBA: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA","authors":"Giulia Bergamasco Costa, Cláudio José Beltrão, Ana Vitória Scherner Mazzarollo, E. Pinto, J. M. V. Xavier, Gabriela Barcella","doi":"10.54265/qjly1662","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO - A violência contra a mulher é um problema de saúde pública que vem adquirindo progressiva atenção nos últimos 20 anos, tanto do ponto de vista de sua magnitude como do impacto social dela decorrente. Ademais, acolher demandas e propiciar assistência é parte dos direitos em saúde, visto que a violência consiste em um obstáculo para a garantia dos direitos humanos e pode gerar sérias consequências físicas, psíquicas, sexuais e reprodutivas se não combatida. OBJETIVOS - Analisar a prevalência da violência contra a mulher sob diferentes variáveis. MÉTODOS - Foram fornecidas, pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba-PR, 35.888 Fichas de Notificação de Violência do período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017. As informações coletadas foram dados extraídos do banco de dados do SINAN e programa EPI INFO que abordavam informações sobre a violência ocorrida. Após a normatização da tabela, que contou com a exclusão das vítimas do sexo masculino, menores de 18 anos e porcentagens das variáveis menores que 1%, resultaram-se 21.389 registros. Foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em 23 de abril de 2020, com número de protocolo 3.987.560. RESULTADOS - Foi possível analisar que, na violência contra a mulher, o principal agressor é o parceiro íntimo, representado principalmente pelo cônjuge em 10,20% dos casos. Dentre os tipos de violência praticada pelo cônjuge, que permitem múltipla entrada, destacam-se a física (82,94%), força (78,85%) e psicológica (47,63%). Além disso, com relação a idade da vítima, 42,70% representam as vítimas de idade de 18 a 30 anos. CONCLUSÃO A prevalência das agressões concentra-se na perpetuada pelo companheiro íntimo da vítima, destacando-se a violência física, uso de força, e violência psicológica. Também ocorre uma prevalência entre mulheres de 18 a 30 anos de idade. PALAVRAS-CHAVE: Vigilância em Saúde Pública, Violência contra a Mulher, Violência de Gênero","PeriodicalId":420874,"journal":{"name":"Anais da Semana Online Científica de Medicina","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais da Semana Online Científica de Medicina","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54265/qjly1662","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
INTRODUÇÃO - A violência contra a mulher é um problema de saúde pública que vem adquirindo progressiva atenção nos últimos 20 anos, tanto do ponto de vista de sua magnitude como do impacto social dela decorrente. Ademais, acolher demandas e propiciar assistência é parte dos direitos em saúde, visto que a violência consiste em um obstáculo para a garantia dos direitos humanos e pode gerar sérias consequências físicas, psíquicas, sexuais e reprodutivas se não combatida. OBJETIVOS - Analisar a prevalência da violência contra a mulher sob diferentes variáveis. MÉTODOS - Foram fornecidas, pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba-PR, 35.888 Fichas de Notificação de Violência do período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017. As informações coletadas foram dados extraídos do banco de dados do SINAN e programa EPI INFO que abordavam informações sobre a violência ocorrida. Após a normatização da tabela, que contou com a exclusão das vítimas do sexo masculino, menores de 18 anos e porcentagens das variáveis menores que 1%, resultaram-se 21.389 registros. Foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em 23 de abril de 2020, com número de protocolo 3.987.560. RESULTADOS - Foi possível analisar que, na violência contra a mulher, o principal agressor é o parceiro íntimo, representado principalmente pelo cônjuge em 10,20% dos casos. Dentre os tipos de violência praticada pelo cônjuge, que permitem múltipla entrada, destacam-se a física (82,94%), força (78,85%) e psicológica (47,63%). Além disso, com relação a idade da vítima, 42,70% representam as vítimas de idade de 18 a 30 anos. CONCLUSÃO A prevalência das agressões concentra-se na perpetuada pelo companheiro íntimo da vítima, destacando-se a violência física, uso de força, e violência psicológica. Também ocorre uma prevalência entre mulheres de 18 a 30 anos de idade. PALAVRAS-CHAVE: Vigilância em Saúde Pública, Violência contra a Mulher, Violência de Gênero