{"title":"FIGURAÇÃO DAS SIBILAS COMO PERSUASÃO: SOBREVIVÊNCIA E PODER RELIGIOSO NA ARTE CRISTÃ","authors":"Maria Cláudia Almeida Orlando Magnani","doi":"10.37935/AION.V0I7.189","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Os mitos antigos não estão mortos. A partir desta afirmação este trabalho pretende apontar os caminhos históricos que legitimaram a sobrevivência do mito das sibilas no mundo cristão, em sua estreita relação com a astrologia, como forma de poder persuasivo da arte. O paganismo esteve sempre presente no cristianismo, não só como símbolos, mas como efetiva influência essencial sobre os homens e as suas vidas. Alguns momentos históricos em particular são privilegiados neste caminho, desde os padres apologistas do cristianismo primitivo até o nascimento da ciência moderna. Sibilas e astrologia, como testemunhos “de fora” são presença constante nas representações plásticas do mundo cristão, que aqui privilegiamos. A sua sobrevivência ou pós-vida (Naschleben) é ora afirmada também pela legitimação de grandes nomes da patrística e da escolástica, e por meio da influência de Albumasar, teólogo muçulmano que faz o elo entre as sibilas e sua representação como poder.","PeriodicalId":363677,"journal":{"name":"ARTis ON","volume":"209 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"ARTis ON","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.37935/AION.V0I7.189","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Os mitos antigos não estão mortos. A partir desta afirmação este trabalho pretende apontar os caminhos históricos que legitimaram a sobrevivência do mito das sibilas no mundo cristão, em sua estreita relação com a astrologia, como forma de poder persuasivo da arte. O paganismo esteve sempre presente no cristianismo, não só como símbolos, mas como efetiva influência essencial sobre os homens e as suas vidas. Alguns momentos históricos em particular são privilegiados neste caminho, desde os padres apologistas do cristianismo primitivo até o nascimento da ciência moderna. Sibilas e astrologia, como testemunhos “de fora” são presença constante nas representações plásticas do mundo cristão, que aqui privilegiamos. A sua sobrevivência ou pós-vida (Naschleben) é ora afirmada também pela legitimação de grandes nomes da patrística e da escolástica, e por meio da influência de Albumasar, teólogo muçulmano que faz o elo entre as sibilas e sua representação como poder.