{"title":"UMA ANÁLISE DISCURSIVA DO ESTATUTO DAS LÍNGUAS NACIONAIS DE ANGOLA","authors":"Natalia Penitente Andrade","doi":"10.53500/missangas.v3i6.15379","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo: Este artigo, que parte do projeto Imagens de língua: sujeito, deslocamento, conhecimento e tempo[1], tem como objetivo geral analisar os discursos presentes no Estatuto das Línguas Nacionais sobre a Língua Portuguesa em Angola, e como objetivos específicos: investigar as imagens de línguas em Angola que se depreendem da análise do corpus; por meio do estudo das escolhas lexicais usadas para caracterizar a língua; e analisar as estratégias textuais e discursivas que contribuem para a construção e disseminação de imagens de língua. Foi mobilizada, como fundamentação teórica, a análise do discurso, partindo dos pressupostos de Pêcheux (199); Pottier (1978), para observar as marcas linguísticas discursivas, por meio das modalizações; e Thompson (1997) com as perspectivas ideológicas. Constatamos que o predomínio de determinada língua, no caso, a Língua Portuguesa falada em Angola, estabelece uma hegemonia e consequentemente desigualdades, e isto implica ideologias linguísticas associadas a posicionamentos dentro de um campo social, também identificamos uma polarização entre língua(s) nacional(is) e língua portuguesa, bem como a unificação da língua e sua imposição. \n \n[1] Coordenado pelo Professor. Dr. Valdir Heitor Barzotto que propôs investigar os mecanismos que concorrem na formação das imagens de língua em contextos multilíngues. A intenção foi analisar os discursos produzidos em quatro instâncias argumentadoras (o Estado, a Igreja, a Universidade e a Comunidade), partindo do pressuposto de que os mecanismos discursivos presentes em textos acadêmicos, ao serem propagados, podem potencializar as mudanças linguísticas e de representação do que seja o tempo, a cultura e espaço adequado para os sujeitos que os incorporam (BARZOTTO, 2010)","PeriodicalId":233825,"journal":{"name":"Missangas: Estudos em Literatura e Linguística","volume":"94 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Missangas: Estudos em Literatura e Linguística","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.53500/missangas.v3i6.15379","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo: Este artigo, que parte do projeto Imagens de língua: sujeito, deslocamento, conhecimento e tempo[1], tem como objetivo geral analisar os discursos presentes no Estatuto das Línguas Nacionais sobre a Língua Portuguesa em Angola, e como objetivos específicos: investigar as imagens de línguas em Angola que se depreendem da análise do corpus; por meio do estudo das escolhas lexicais usadas para caracterizar a língua; e analisar as estratégias textuais e discursivas que contribuem para a construção e disseminação de imagens de língua. Foi mobilizada, como fundamentação teórica, a análise do discurso, partindo dos pressupostos de Pêcheux (199); Pottier (1978), para observar as marcas linguísticas discursivas, por meio das modalizações; e Thompson (1997) com as perspectivas ideológicas. Constatamos que o predomínio de determinada língua, no caso, a Língua Portuguesa falada em Angola, estabelece uma hegemonia e consequentemente desigualdades, e isto implica ideologias linguísticas associadas a posicionamentos dentro de um campo social, também identificamos uma polarização entre língua(s) nacional(is) e língua portuguesa, bem como a unificação da língua e sua imposição.
[1] Coordenado pelo Professor. Dr. Valdir Heitor Barzotto que propôs investigar os mecanismos que concorrem na formação das imagens de língua em contextos multilíngues. A intenção foi analisar os discursos produzidos em quatro instâncias argumentadoras (o Estado, a Igreja, a Universidade e a Comunidade), partindo do pressuposto de que os mecanismos discursivos presentes em textos acadêmicos, ao serem propagados, podem potencializar as mudanças linguísticas e de representação do que seja o tempo, a cultura e espaço adequado para os sujeitos que os incorporam (BARZOTTO, 2010)