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Abstract
Na historiografia clássica sobre o desenvolvimento amazônico, o período 1920-1960 é caracterizado como uma época de decadência e estagnação da economia regional, provocada pelo colapso do ciclo da Borracha, a derrocada de grupos econômicos locais e das finanças do Estado. Entretanto, este também foi um período de ampliação das redes de hierarquia urbana e uma lenta, mas persistente reorganização econômica que se manifestou nas duas principais cidades da região, Belém e Manaus. Em Belém, a recuperação se manifestou em um pequeno setor industrial regional e na consolidação de uma rede urbana viabilizada pela infraestrutura ferroviária. Em Manaus, na conclusão do projeto urbano modernizador. Houve, portanto, uma outra história regional, que reconhecida em dados, evidências e vivências possibilitam compreender a região a partir das forças produtivas internas, que propiciaram o florescimento de atividades econômicas tradicionais e contraditam a leitura majoritária de estagnação.