{"title":"Quarto de Despejo: diário de uma favelada – Identidade, espacialidade e resistência do corpo negro, feminino e periférico na urbanização de São Paulo","authors":"Maria Júlia Buck Rossetto","doi":"10.54446/bcg.v11i1.517","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Através de um olhar hegemônico acerca das constituições históricas da produção do espaço urbano de São Paulo, a multiplicidade de narrativas constituintes das espacialidades da cidade por vezes são silenciadas. Neste sentido, é de extrema importância trazer o protagonismo às vivências cotidianas, constituídas pelo tensionamento contínuo entre centro e margem, violência e resistência. Para tanto, este artigo propõe uma breve análise da obra “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, escrita por Carolina Maria de Jesus e publicada pela primeira vez no ano de 1960. O livro por si mesmo é um valioso documento histórico no que diz respeito à produção espacial urbana de São Paulo no decorrer da década de 1950, que em seu discurso modernizante violentava e segregava sujeitos e suas respectivas identidades, como é o caso de Carolina, que em seus marcadores sociais trazia a opressão de uma sociedade misógina, racista e classista.","PeriodicalId":135641,"journal":{"name":"Boletim Campineiro de Geografia","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Boletim Campineiro de Geografia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54446/bcg.v11i1.517","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Através de um olhar hegemônico acerca das constituições históricas da produção do espaço urbano de São Paulo, a multiplicidade de narrativas constituintes das espacialidades da cidade por vezes são silenciadas. Neste sentido, é de extrema importância trazer o protagonismo às vivências cotidianas, constituídas pelo tensionamento contínuo entre centro e margem, violência e resistência. Para tanto, este artigo propõe uma breve análise da obra “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, escrita por Carolina Maria de Jesus e publicada pela primeira vez no ano de 1960. O livro por si mesmo é um valioso documento histórico no que diz respeito à produção espacial urbana de São Paulo no decorrer da década de 1950, que em seu discurso modernizante violentava e segregava sujeitos e suas respectivas identidades, como é o caso de Carolina, que em seus marcadores sociais trazia a opressão de uma sociedade misógina, racista e classista.