{"title":"Visitar museus: um hábito socialmente construído e desconhecido pelos turistas","authors":"Telma Lasmar Gonçalves","doi":"10.52192/1984-3917.2021v14n2p186-207","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esta pesquisa está ancorada na hipótese de que os museus franceses, equipamentos inseridos nos roteiros turísticos e culturais, produzem exposições temporárias, que, de maneira geral, não atraem tanto a atenção dos turistas de massa, mas sim dos moradores locais e dos turistas franceses, que buscam apreciar e conhecer, de uma só vez, um conjunto de obras. O objetivo deste artigo é compreender como essa dinâmica de visitação de exposições temporárias em museus é socialmente construída. Para tanto, olha para a realidade parisiense (uma das mais significativas do mundo em termos de atividades museais) e busca identificar o perfil majoritário do público das exposições temporárias realizadas nos anos de 2017, 2018 e 2019. O estudo fez uso da pesquisa de natureza qualitativa, do tipo descritiva, utilizando como técnica a observação sistemática/participante, com o objetivo de identificar faixa etária, nacionalidade, gênero, interesse explicitado pelas obras, participação em visitas mediadas e uso de áudio guias, pelo público visitante dessas exposições. Como base teórica, buscou-se respaldo em autores que discutem, principalmente, a presença dos públicos nos museus, a tipologia de públicos e os hábitos de frequentação em museus. Constatou-se que o frequentador das exposições temporárias, interessado em conhecer mais sobre arte e história, é o próprio cidadão francês, parisiense ou não e, sobretudo, com idade acima de 60 anos.","PeriodicalId":199665,"journal":{"name":"Museologia e Patrimônio","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-10-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Museologia e Patrimônio","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.52192/1984-3917.2021v14n2p186-207","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Esta pesquisa está ancorada na hipótese de que os museus franceses, equipamentos inseridos nos roteiros turísticos e culturais, produzem exposições temporárias, que, de maneira geral, não atraem tanto a atenção dos turistas de massa, mas sim dos moradores locais e dos turistas franceses, que buscam apreciar e conhecer, de uma só vez, um conjunto de obras. O objetivo deste artigo é compreender como essa dinâmica de visitação de exposições temporárias em museus é socialmente construída. Para tanto, olha para a realidade parisiense (uma das mais significativas do mundo em termos de atividades museais) e busca identificar o perfil majoritário do público das exposições temporárias realizadas nos anos de 2017, 2018 e 2019. O estudo fez uso da pesquisa de natureza qualitativa, do tipo descritiva, utilizando como técnica a observação sistemática/participante, com o objetivo de identificar faixa etária, nacionalidade, gênero, interesse explicitado pelas obras, participação em visitas mediadas e uso de áudio guias, pelo público visitante dessas exposições. Como base teórica, buscou-se respaldo em autores que discutem, principalmente, a presença dos públicos nos museus, a tipologia de públicos e os hábitos de frequentação em museus. Constatou-se que o frequentador das exposições temporárias, interessado em conhecer mais sobre arte e história, é o próprio cidadão francês, parisiense ou não e, sobretudo, com idade acima de 60 anos.