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Abstract
A infecção pelo Trypanosoma cruzi apresenta uma sintomatologia que varia conforme o momento de análise, podendo ter características próprias da fase aguda ou crônica, porém, nesta revisão bibliográfica, será concedido maior ênfase na fase crônica e especificamente na forma sintomática, porquanto, nesse período da infecção, ela pode variar entre os tipos sintomático ou assintomático. A doença de Chagas também apresenta muitas variações clínicas, entretanto o foco deste trabalho será precisamente a cardiopatia chagásica crônica. Dessa maneira, pode-se destacar que o objetivo desta revisão bibliográfica será a busca pelas as principais manifestações dessa cardiopatia. O método de pesquisa foi baseado na seleção de materiais em bases de dados como o PubMed, Scielo e Google Acadêmico, além do uso de obras literárias de referência na disciplina, a pesquisa foi restringida seguindo estes parâmetros: (i) somente materiais publicados após o ano 2000, ainda que seja revisão de uma obra anterior a esse período, (ii) linguagem em português ou inglês e (iii) que tivesse seus resultados com base apenas em estudos em humanos. Como resultado, foi encontrado que a forma cardíaca apresenta, entre outros efeitos, principalmente a insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e a manifestação de fenômenos tromboembólicos. O primeiro, tendo como fator propiciador a formação de ninhos de amastigotas no coração, o que, consequentemente, resulta na fibrose dos tecidos cardíacos, destruição dos gânglios simpático e parassimpático do plexo cardíaco, além da produção de exsudantes inflamatórios, essas alterações tendem a provocar um quadro de arritmia e lesão vorticilar no paciente. O segundo efeito ocorre principalmente devido à redução do fluxo da circulação sanguínea, uma vez que a cardiomegalia, desenvolvida pelo processo de fibrose cardíaca, torna esse músculo menos eficiente e sensível ao estímulo nervoso do sistema nervoso autônomo. Conclui-se, portanto, enfatizando a relevância clínica dessa infecção pelo T. cruzi e evidenciando um maior dimensionamento dos efeitos da cardiopatia chagásica crônica, bem como as principais características clínica desse quadro, sendo, então, imprescindível, para um prognóstico favorável ao paciente, a identificação do quadro infeccioso e o grau de lesão cardíaca, a qual pode ser feita pelo ECG, devido à sua importância para futura gestão dessa anomalia.