{"title":"Formas de movimento, casas e corpos no Terecô em Codó (Maranhão)","authors":"Martina Ahlert","doi":"10.48006/978-65-87289-16-8-13","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O capítulo tem como eixo as experiências vividas por uma mãe de santo de uma religião afro-brasileira do interior do Maranhão. Luiza é uma senhora de mais de oitenta anos que desde sua infância convive com os encantados – entidades recebidas no Terecô. Sua vida foi tecida, como relata, pela importância de sua família de sangue, mas, também, pelas relações com as entidades. É a partir delas que este texto pretende analisar diversas formas de movimento. Nesse sentido, além do deslocamento geográfico que Luiza viveu de forma constante – marcado por questões fundiárias e familiares – o texto discorre sobre formas de mobilidade que surgem imbricadas com esferas normalmente consideradas fixas, como as casas; ou fechadas, como os corpos. Nesse esforço analítico, evidencia-se como os encantados introduzem questões importantes sobre o acesso à terra, os constrangimentos ao deslocamento, a ideia de propriedade. Por fim, a pesquisa questiona certos enquadramentos utilizados para falar sobre casas e corpos, na medida em que as transgressões que os encantados operam nos marcadores espaço-temporais trazem outras chaves de análise.","PeriodicalId":150511,"journal":{"name":"Antropologia das mobilidades","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Antropologia das mobilidades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48006/978-65-87289-16-8-13","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O capítulo tem como eixo as experiências vividas por uma mãe de santo de uma religião afro-brasileira do interior do Maranhão. Luiza é uma senhora de mais de oitenta anos que desde sua infância convive com os encantados – entidades recebidas no Terecô. Sua vida foi tecida, como relata, pela importância de sua família de sangue, mas, também, pelas relações com as entidades. É a partir delas que este texto pretende analisar diversas formas de movimento. Nesse sentido, além do deslocamento geográfico que Luiza viveu de forma constante – marcado por questões fundiárias e familiares – o texto discorre sobre formas de mobilidade que surgem imbricadas com esferas normalmente consideradas fixas, como as casas; ou fechadas, como os corpos. Nesse esforço analítico, evidencia-se como os encantados introduzem questões importantes sobre o acesso à terra, os constrangimentos ao deslocamento, a ideia de propriedade. Por fim, a pesquisa questiona certos enquadramentos utilizados para falar sobre casas e corpos, na medida em que as transgressões que os encantados operam nos marcadores espaço-temporais trazem outras chaves de análise.