{"title":"O POLÍTICO E O POÉTICO EM ALBERT CAMUS E ÉDOUARD GLISSANT","authors":"Raphael Luiz de Araújo","doi":"10.11606/ISSN.2316-3976.V0I9P51-66","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Ao longo da carreira de Albert Camus, é possível identificar diversos momentos de intervenção nos assuntos políticos da Argélia. Seus principais escritos sobre a questão foram reunidos em Crônicas argelinas, obra na qual se encontram mais de vinte anos de luta por uma relação de justiça, dignidade e paz entre metrópole e colônia. Esse seu posicionamento se alinha a uma proposta mais recente presente em alguns ensaios do filósofo martinicano Édouard Glissant. Sua concepção a respeito da função do artista ante os conflitos do mundo encontra em Camus uma de suas inspirações, como ele mesmo afirma na entrevista “Solitário e Solidário”. O presente artigo propõe portanto uma leitura de Crônicas argelinas a partir de um diálogo com o pensamento de Glissant, com maior enfoque para sua aproximação entre o político e o poético.","PeriodicalId":184667,"journal":{"name":"Non Plus","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2016-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Non Plus","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2316-3976.V0I9P51-66","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Ao longo da carreira de Albert Camus, é possível identificar diversos momentos de intervenção nos assuntos políticos da Argélia. Seus principais escritos sobre a questão foram reunidos em Crônicas argelinas, obra na qual se encontram mais de vinte anos de luta por uma relação de justiça, dignidade e paz entre metrópole e colônia. Esse seu posicionamento se alinha a uma proposta mais recente presente em alguns ensaios do filósofo martinicano Édouard Glissant. Sua concepção a respeito da função do artista ante os conflitos do mundo encontra em Camus uma de suas inspirações, como ele mesmo afirma na entrevista “Solitário e Solidário”. O presente artigo propõe portanto uma leitura de Crônicas argelinas a partir de um diálogo com o pensamento de Glissant, com maior enfoque para sua aproximação entre o político e o poético.