Virlânio Alves de Oliveira Filho, Kamilla Batista Da Silva Souza, P. C. Souto
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Abstract
Introdução: A leishmaniose é uma parasitose negligenciada com estimativas de 1 milhão de novos casos todo ano. A doença se caracteriza por uma infecção nas células do sistema fagocítico mononuclear, apresentada clinicamente em suas formas cutânea e visceral, e com tratamentos de primeira linha que geram efeitos colaterais graves. O Brasil possui o cerrado como um bioma rico em diversidade vegetal e a utilização de extratos e óleos essenciais de plantas do cerrado tem sido bastante estudada em espécies de Leishmania in vitro, em busca de uma atividade leishmanicida. Objetivos: Este trabalho tem como principal objetivo a realização de uma revisão sistemática de estudos realizados com extratos e óleos essenciais derivados de plantas do cerrado que apresentem atividade leishmanicida. Material e métodos: A coleta dos trabalhos foi realizada utilizando a base de dados Google Scholar, utilizando os descritores: Leishmania, extrato, planta e cerrado. Foram eleitos apenas artigos experimentais que continham a concentração efetiva mínima (EC50) capaz de matar 50% dos parasitos. Resultados: Foi observada a atividade leishmanicida de 140 extratos e óleos essenciais em promastigotas de Leishmania (Leishmania) infantum e Leishmania (Leishmania) amazonensis e em amastigotas de L. (L.) amazonensis em 16 documentos. As espécies Aspidosperma cuspa e Diospyros hispida e as espécies Eugenia pyriformis, Siparuna guianensis, Protium ovatum e Arrabidaea brachypoda apresentaram as menores EC50 em promastigotas de L. (L.) infantum e de L. (L.) amazonensis, respectivamente. Em amastigotas de L. (L.) amazonensis a espécie com menor EC50 foi a Arrabidaea brachypoda. Conclusão: Conclui-se que estas são espécies promissoras para tornar possível o avanço de novas alternativas quimioterápicas à leishmaniose, utilizando compostos de origem natural.