{"title":"O ETHOS PELA HOMONÍMIA","authors":"Amanda Kristensen de Camargo, Renan Paulo Bini","doi":"10.48075/rlhm.v18i31.27811","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo, objetiva-se analisar o ethos das personagens Germán, Alfonso, Álvaro e Gabriel, da obra ficcional Cem anos de solidão (MÁRQUEZ, 2009), homônimas do grupo de intelectuais de Barranquilla citados na autobiografia Viver para Contá-la (MÁRQUEZ, 2003): Germán Vargas, Alfonso Fuenmayor, Álvaro Cepeda Samudio e Gabriel García Márquez, cujo comportamento social é sumarizado pela ficção. Para isso, propõe-se uma ponte teórico-analítica entre categorias específicas de duas áreas do conhecimento: o ethos discursivo, da Retórica; e a homonímia e a onomatomância, da Onomástica. Neste estudo, a homonímia e a onomatomância foram consideradas agentes cooperativos para a construção de determinados ethé ficcionais. Por meio da comparação da construção dos homônimos presentes na obra ficcional e na autobiografia de Márquez pôde-se realizar associação das identidades das personagens aos entes reais (segundo a perspectiva de Márquez), e explicitar o elo imagético e argumentativo presente nos fenômenos homonímico e onomatomântico, sendo passível de descrição, ainda, a perspectiva identitário-psicológica de tais fenômenos, principalmente a partir da memória subterrânea em La masacre de las bananeras, partilhada por ente ficcional - Gabriel - e autor - Gabriel García Márquez.","PeriodicalId":340500,"journal":{"name":"Revista de Literatura, História e Memória","volume":"46 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Literatura, História e Memória","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48075/rlhm.v18i31.27811","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Neste artigo, objetiva-se analisar o ethos das personagens Germán, Alfonso, Álvaro e Gabriel, da obra ficcional Cem anos de solidão (MÁRQUEZ, 2009), homônimas do grupo de intelectuais de Barranquilla citados na autobiografia Viver para Contá-la (MÁRQUEZ, 2003): Germán Vargas, Alfonso Fuenmayor, Álvaro Cepeda Samudio e Gabriel García Márquez, cujo comportamento social é sumarizado pela ficção. Para isso, propõe-se uma ponte teórico-analítica entre categorias específicas de duas áreas do conhecimento: o ethos discursivo, da Retórica; e a homonímia e a onomatomância, da Onomástica. Neste estudo, a homonímia e a onomatomância foram consideradas agentes cooperativos para a construção de determinados ethé ficcionais. Por meio da comparação da construção dos homônimos presentes na obra ficcional e na autobiografia de Márquez pôde-se realizar associação das identidades das personagens aos entes reais (segundo a perspectiva de Márquez), e explicitar o elo imagético e argumentativo presente nos fenômenos homonímico e onomatomântico, sendo passível de descrição, ainda, a perspectiva identitário-psicológica de tais fenômenos, principalmente a partir da memória subterrânea em La masacre de las bananeras, partilhada por ente ficcional - Gabriel - e autor - Gabriel García Márquez.