Elaine Bordini Villar, Ricardo Brasil Charão, Bruna Dedavid da Rocha, Clésida Mara Saraiva, Cristiana Barreira Pinto, Dayene Patrícia Gatto Altoé, Josiane Bernardes de Freitas, Maria Aparecida Vaz Bueno, Shyrlei Estefania Dias
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Abstract
Este artigo resulta das vivências e da produção do coletivo de Ativadores de Rede constituído a partir do projeto “Engrenagens de Educação Permanente” do Ministério da Saúde. Tem como objetivo colaborar com a qualificação de trabalhadores que atuam na RAPS, e, consequentemente, com a melhoria dos serviços. Possui implicação ético-pedagógica com a política de fortalecimento da Atenção Psicossocial e do SUS. Ao discorrer sobre o cuidado às pessoas que fazem uso de drogas, os autores privilegiam o desafio de sustentar a crise garantindo o cuidado em liberdade, assegurando coerência com esse princípio que é o pilar da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial. Nesse sentido, propõem avançar urgentemente no processo de compartilhamento do cuidado com a Atenção Básica com os demais componentes da RAPS e outros recursos existentes nos territórios. Há deslocamento da compreensão da crise para a sua dimensão psicossocial, questionando e problematizando a crença em pressupostos puramente psicológicos e/ou biológicos – individualizantes – que tradicionalmente circunscrevem a temática fora da perspectiva crítica em Saúde Mental. Busca radicalizar a participação dos usuários no próprio processo de cuidado e atenção à crise, apostando, inclusive, na possibilidade de educação entre os pares. Dessa forma, concluem que, para além das mudanças nos processos de trabalho, é fundamental a constituição de redes de cuidado com pactuações entre os sujeitos para que assim se escutem e se cuidem e, à luz da redução de danos, possam sustentar uma nova cultura do cuidado construída de forma coletiva.Palavras-chave: Atenção à crise. Uso de drogas. Redução de danos. Saúde mental.