Alana Aléia Nascimento Stevanelli, André Ricardo Peron dos Santos, Ariane Pereira de Souza, Ariane Carolina Da Silva, Daniela Nantes, Tamily Vitória Da Silva, Bruna Camila Souza Lima, Mariana Felgueira Pavanelli, T. Berbert
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Abstract
A fisiopatologia da COVID-19 é complexa e ainda não totalmente elucidada, sobretudo no que se refere aos mecanismos de resistência ao vírus, os quais não estão totalmente esclarecidos. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi pesquisar casos de portadores assintomáticos da COVID-19 e analisar se existe correlação com o sistema ABO e Rh. Para isso, voluntários foram recrutados por conveniência por meio de convites divulgados em mídias digitais. Como critério de inclusão, estabeleceu-se nunca ter sido diagnosticado ou vacinado para COVID-19, não ter tido sintomas gripais sugestivos da doença nos últimos 6 meses. Das 83 amostras analisadas, 12,04% (n=10) foram reagentes para IgG anti-SARS-CoV-2, e, portanto, foram considerados como casos assintomáticos de COVID. Não foi identificada significância estatística para a presença de IgG em relação aos tipos sanguíneos considerando apenas os antígenos do sistema ABO (p>0,05). Foi observada diferença estatisticamente significativa apenas nos indivíduos A- em relação aos demais tipos sanguíneos (A+, B+, AB+, O+ e O-) (p<0,05). Sugerindo que os indivíduos A- têm mais chances de serem casos assintomáticos de COVID-19. Não foi verificado correlação estatística entre variáveis como IMC, tabagismo, doenças crônicas e desenvolvimento ou susceptibilidade a COVID-19. Os resultados deste estudo sugerem que o sangue A- parece estar associado ao desenvolvimento de casos assintomáticos, contudo é importante levar em conta que outros alelos, além dos que codificam os antígenos ABO e Rh, podem estar envolvidos na resistência e susceptibilidade a doenças, como os do complexo principal de histocompatibilidade humana.