{"title":"TRABALHO HOME-OFFICE: POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES À SUBJETIVIDADE DO TRABALHADOR","authors":"T. N. M. Coneglian, G. Silva","doi":"10.37885/200400154","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Através da revolução tecnológica ocorrida nos últimos anos, o mundo tem passado por muitas mudanças. A tecnologia propiciou relações mais “flexíveis”, encurtou a distância e o tempo, abrindo espaço para o trabalho à distância de qualquer parte do mundo, como é o caso do teletrabalho, inclusive da sua própria casa, o chamado teletrabalho home-office. Todas essas mudanças no jeito de se trabalhar exigem adaptações dos trabalhadores, e por esse motivo o tema se torna tão importante, pois é necessário entender quais são as implicações desse novo jeito de se trabalhar para a subjetividade do trabalhador. Dessa forma, esse capitulo terá o objetivo de fazer uma breve discussão de quais são as possíveis consequências do modelo de teletrabalho home-office para a subjetividade do trabalhador e consequentemente para sua saúde mental. Essa discussão será feita à luz da psicossociologia, que se preocupa em investigar os processos de engendramento do psíquico e do social em uma perspectiva necessariamente pluridisciplinar, enfatizando os processos criativos e construtivos do sujeito, sua capacidade de mobilização, de agir frente as situações de trabalho. O texto também questiona se as condições desse trabalho está contribuindo para a formação de um trabalhador com a subjetividade fortalecida, capaz de ser um potente agente de transformação e capaz de construir sentido para o seu fazer; ou se em vez disso, se as condições do trabalho home-office, podem estar contribuindo para um fazer individualista e solitário, visto que é um trabalho feito a partir de casa (distante da organização) e tem suas relações interpessoais mediadas pela tecnologia. CAPÍTULO 33","PeriodicalId":119833,"journal":{"name":"Psicologia: Desafios, Perspectivas e Possibilidades - Volume 1","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Psicologia: Desafios, Perspectivas e Possibilidades - Volume 1","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.37885/200400154","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Através da revolução tecnológica ocorrida nos últimos anos, o mundo tem passado por muitas mudanças. A tecnologia propiciou relações mais “flexíveis”, encurtou a distância e o tempo, abrindo espaço para o trabalho à distância de qualquer parte do mundo, como é o caso do teletrabalho, inclusive da sua própria casa, o chamado teletrabalho home-office. Todas essas mudanças no jeito de se trabalhar exigem adaptações dos trabalhadores, e por esse motivo o tema se torna tão importante, pois é necessário entender quais são as implicações desse novo jeito de se trabalhar para a subjetividade do trabalhador. Dessa forma, esse capitulo terá o objetivo de fazer uma breve discussão de quais são as possíveis consequências do modelo de teletrabalho home-office para a subjetividade do trabalhador e consequentemente para sua saúde mental. Essa discussão será feita à luz da psicossociologia, que se preocupa em investigar os processos de engendramento do psíquico e do social em uma perspectiva necessariamente pluridisciplinar, enfatizando os processos criativos e construtivos do sujeito, sua capacidade de mobilização, de agir frente as situações de trabalho. O texto também questiona se as condições desse trabalho está contribuindo para a formação de um trabalhador com a subjetividade fortalecida, capaz de ser um potente agente de transformação e capaz de construir sentido para o seu fazer; ou se em vez disso, se as condições do trabalho home-office, podem estar contribuindo para um fazer individualista e solitário, visto que é um trabalho feito a partir de casa (distante da organização) e tem suas relações interpessoais mediadas pela tecnologia. CAPÍTULO 33