{"title":"Uma análise da dívida externa brasileira a partir dos anos 2000","authors":"Ricardo Lobato Torres, Carolina Silvestri Cândido, Adriana Ripka","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.90","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo foi analisar a dívida externa brasileira a partir dos anos 2000, com foco na vulnerabilidade externa, custos e sustentabilidade. Realizou-se revisão da literatura sobre o tema e fez-se levantamento de dados secundários a partir das estatísticas do Banco Central do Brasil. Foram analisadas variáveis como o investimento internacional líquido, taxa de juros dos títulos públicos, taxa de câmbio, dívida líquida do setor público e custo real da dívida não-monetária. Os resultados mostram que houve redução da vulnerabilidade externa por conta do acúmulo de reservas em moeda estrangeira e pela substituição da dívida pública externa pela interna. Contudo, permanece a condição de vulnerabilidade externa estrutural, em função da necessidade de atração de capital estrangeiro para o equilíbrio no balanço de pagamentos e, por conseguinte, do círculo vicioso gerado entre a política monetária, o resultado fiscal e a redução do crescimento econômico. Houve deterioração da posição de investimento internacional do Brasil, principalmente a partir de 2015, com a desvalorização cambial, o que implica uma elevação dos riscos associados à dívida externa.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Catarinense de Economia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.90","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo deste artigo foi analisar a dívida externa brasileira a partir dos anos 2000, com foco na vulnerabilidade externa, custos e sustentabilidade. Realizou-se revisão da literatura sobre o tema e fez-se levantamento de dados secundários a partir das estatísticas do Banco Central do Brasil. Foram analisadas variáveis como o investimento internacional líquido, taxa de juros dos títulos públicos, taxa de câmbio, dívida líquida do setor público e custo real da dívida não-monetária. Os resultados mostram que houve redução da vulnerabilidade externa por conta do acúmulo de reservas em moeda estrangeira e pela substituição da dívida pública externa pela interna. Contudo, permanece a condição de vulnerabilidade externa estrutural, em função da necessidade de atração de capital estrangeiro para o equilíbrio no balanço de pagamentos e, por conseguinte, do círculo vicioso gerado entre a política monetária, o resultado fiscal e a redução do crescimento econômico. Houve deterioração da posição de investimento internacional do Brasil, principalmente a partir de 2015, com a desvalorização cambial, o que implica uma elevação dos riscos associados à dívida externa.