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Abstract
As conexões históricas, legais e práticas entre a Inteligência Externa e a diplomacia são amplas e profundas. Assim como a diplomacia, a atividade de Inteligência surgiu com vocação exterior, com o objetivo central de levantar dados e produzir análises estratégicas sobre países, agentes ou eventos externos, em prol do governante ou do Estado patrocinador. Embora seja assentado o entendimento de que essas atividades não se equivalem, as sobreposições entre competências, objetivos e procedimentos de ambas dificultam a identificação dos aspectos que as diferenciam e o aproveitamento eficiente dos potenciais do assessoramento estratégico de Inteligência para a inserção externa multissetorial do Brasil. Apesar da significativa produção acadêmica estrangeira sobre as interfaces e relações entre Inteligência Externa e diplomacia, o tema permanece inexplorado pela literatura brasileira. Tampouco se identifica bibliografia que trate especificamente do contexto doméstico. Nesse sentido, a presente pesquisa se propõe a elaborar diagnóstico comparado sobre a realidade brasileira, com base em levantamento bibliográfico prévio e em insumos extraídos de questionário aplicado aos atuais adidos civis de Inteligência do Brasil e aos representantes do corpo diplomático lotados nas mesmas localidades. O artigo buscou comparar as competências e práticas que caracterizam a Inteligência Externa e a diplomacia, bem como debater a natureza das relações entre as duas atividades no País, a fim de contribuir para a identificação de complementaridades.