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Abstract
A integração das áreas naturais ao urbano potencializa as funções ecossistêmicas com melhoria nos fluxos das águas e na vida humana e natural. Com o mundo cada vez mais urbano, é limitante a proteção da biodiversidade e o manejo dos serviços ecossistêmicos. A relação entre espaço construído e espaço natural está cada vez mais distante. No histórico do crescimento das cidades, o presente artigo mostra que o mundo urbano altera gradativamente o uso da terra de agrícola para o assentamento de aglomerações urbanas e vias de acesso. Isso gera vazios urbanos e faz perder a dicotomia urbano-rural. O aumento previsto da expansão de cidades pequenas e médias até o ano 2030 exige estudos e propostas para supor menores impactos e revitalizar as interfaces entre o urbano e o rural. O crescimento disperso é real nas cidades e influencia na piora da qualidade de vida, de muitos, e na alteração climática, para todos, além de diminuir a quantidade e qualidade da água. Mais pessoas pressupõem mais impactos e mais água para sobreviver. A cidade de Criciúma, com um perímetro urbano quase na totalidade do seu território e grandes espaços vazios, continua a adensar-se segundo um padrão social segregacionista, desfavorecendo a qualidade de vida para os de menores recursos financeiros. A morfologia característica são os condomínios verticais classe “C” e “D” distantes do centro urbano e dos serviços e de outro lado os condomínios horizontais fechados de alta classe. O tratamento dos vazios urbanos e a integração entre o ambiente construído e o ambiente natural nas aglomerações poderão aumentar a biodiversidade na escala local e na escala biorregional e deixar a cidade mais resiliente para enfrentar as alterações climáticas.Palavras-chave: Ecologia urbana. Vazios urbanos. Cidade compacta.