{"title":"PERSONALIDADE E PESSOA NO INTERIOR DA CONCEPÇÃO PEIRCIANA DE SER HUMANO","authors":"Rodrigo Vieira de Almeida","doi":"10.23925/1809-8428.2017v14i2p19-29","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo pretende tecer algumas considerações acerca de uma importante distinção operada por Peirce no interior da sua abordagem sinequista do ser humano, a saber, a distinção entre os conceitos de personalidade e pessoa. A definição peirciana da personalidade como consistindo em um tipo de coordenação ou conexão entre ideias (Cf. W 8.154) será analisada, levando em consideração a sua unidade e o fundamento ontológico que a justifica. A partir dessa análise, procurar-se-á explicitar, no espaço aqui disponível, porque apenas o fenômeno da personalidade, mesmo em sua persistência enquanto feixe de hábitos, não é suficiente para também explicar como alguém permanece sendo a mesma pessoa durante qualquer duração, independentemente das modificações que venha a sofrer. Surge, assim, a necessidade de se abordar como se dá a unidade da pessoa, como algo distinto da unidade da personalidade. Revelar-se-á que o conceito de pessoa, em Peirce, exige a realidade de uma unidade sucessiva de estados de consciência, que costuma ser expressa como “eu”. Qual a natureza dessa unidade e como ela também se encontra devidamente assentada na ontologia realista/idealista de Peirce é o que, enfim, buscaremos clarificar.","PeriodicalId":101492,"journal":{"name":"Complexitas – Revista de Filosofia Temática","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2017-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Complexitas – Revista de Filosofia Temática","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/1809-8428.2017v14i2p19-29","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo pretende tecer algumas considerações acerca de uma importante distinção operada por Peirce no interior da sua abordagem sinequista do ser humano, a saber, a distinção entre os conceitos de personalidade e pessoa. A definição peirciana da personalidade como consistindo em um tipo de coordenação ou conexão entre ideias (Cf. W 8.154) será analisada, levando em consideração a sua unidade e o fundamento ontológico que a justifica. A partir dessa análise, procurar-se-á explicitar, no espaço aqui disponível, porque apenas o fenômeno da personalidade, mesmo em sua persistência enquanto feixe de hábitos, não é suficiente para também explicar como alguém permanece sendo a mesma pessoa durante qualquer duração, independentemente das modificações que venha a sofrer. Surge, assim, a necessidade de se abordar como se dá a unidade da pessoa, como algo distinto da unidade da personalidade. Revelar-se-á que o conceito de pessoa, em Peirce, exige a realidade de uma unidade sucessiva de estados de consciência, que costuma ser expressa como “eu”. Qual a natureza dessa unidade e como ela também se encontra devidamente assentada na ontologia realista/idealista de Peirce é o que, enfim, buscaremos clarificar.