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Abstract
Resumo: Este artigo, derivado de pesquisa mais ampla sobre o aplicativo de encontros Grindr, focaliza a produção dos corpos por meio de uma imersão pelas etapas de edição do perfil, por suas ferramentas e funções, e discute como disposições arquitetônicas e discursivas conduzem à produção de um corpo marcado. Refletir sobre efeitos subjetivos era o objetivo da pesquisa e a cartografia foi a escolha metodológica, o que possibilitou a deriva por diferentes espaços e materiais. A análise se deu de maneira anônima, a partir das ferramentas disponíveis pelo aplicativo, pensando a montagem dos corpos-perfis e indicou que marcadores sociais acabam por engendrar processos de individualização disciplinar e totalização biopolítica. Aderir a planos com custos maiores abrem novos e ampliados usos de ferramentas e funções, propiciando mais poder de filtragem e monitoramento na busca e interação com perfis. Conclui-se que o Grindr conduz à produção de subjetividades marcadas, por certa estética e saúde, e viabiliza uma paradoxal sociabilidade privatizada/privatizante em tempos neoliberais.