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Abstract
Começamos este estudo perguntando por que a história da arte denominou primitivos alguns artistas brasileiros do início do século XX. Assim, para compreender a recepção desses artistas nas primeiras décadas do século – e a presença conflituosa de artistas negros na formação da chamada arte moderna brasileira – nos pareceu necessário atentar para os escritos dos primeiros pesquisadores, historiadores, médicos e antropólogos Raymundo Nina Rodrigues e Arthur Ramos, mas também para os desenvolvidos, já na metade do século, pelo crítico de arte Clarival do Prado Valladares, que reconheceram prematuramente a presença e a relevância da matriz africana na arte aqui produzida. Há, entretanto, que ressaltar nesses estudos a defesa, feita por Nina Rodrigues, da eugenização pela mestiçagem, da qual derivaram os estudos civilizatórios evolucionistas de Arthur Ramos, ambos influenciando a crítica de arte de Clarival Valladares, que defendia o sincretismo cultural.