Eline Maria Mora Pereira Caixeta, Dafne Marques De Mendonça, L. M. Moreira, Julia Macedo Monteiro Del Castillo, Danielle Radis Alves
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Abstract
Goiânia (1933-34) enquadra-se no hall de Cidades Novas, projetadas como expressão de modernidade no interior do Brasil. A paisagem do seu núcleo pioneiro é pontuada por uma diversidade de arquiteturas que se inspiram nas tendências em voga na primeira metade do século XX; formando uma identidade arquitetônica multifacetada e híbrida, dentro da aparente rigidez de seu traçado urbano. Desde sua origem, a cidade tem sido palco de representações que contribuem para a reconstrução de significados na configuração da sua paisagem, assumindo a tendência antropofágica, modernizante, que não valoriza a história. Tal fato refletiu diretamente sobre a preservação de seu conjunto urbano, pela falta de reconhecimento de um patrimônio, ainda recente, por parte da população e das esferas administrativas. Compreende-se que o patrimônio residencial de uma cidade é aquele que mais se aproxima da sociedade, sua história e memória, por estar mais diretamente ligado ao seu cotidiano e às formas de habitar o espaço edificado e urbano. O artigo relata a experiência da parceria entre a UFG e o IPHAN-GO, com recursos provenientes do Ministério Público do Estado de Goiás, que busca identificar e caracterizar o patrimônio residencial da fase inicial de Goiânia e sua contribuição na construção de uma paisagem representativa para a cidade. A metodologia, desenvolvida ao longo da experiência vivida, compõe pesquisas bibliográficas, icnográficas, iconográficas, geoprocessamento e levantamentos em campo, envolvendo derivas de apreensão do lugar e da paisagem, leitura da morfologia urbana e contato com moradores. Nesse processo, foram agregadas oficinas de capacitação no sentido de ampliar o escopo do trabalho à esfera da educação patrimonial. Este é um trabalho pioneiro, que incorpora a diversidade de linguagens contidas na paisagem urbana da cidade, aspecto ainda pouco assimilado, especialmente no que se refere à sua valorização. Almeja-se com isso, aproximar a sociedade ao patrimônio arquitetônico local e estabelecer diretrizes para sua preservação.