Magno Fernando De Paulo, M. T. O. Vannuchi, Mariana Angela Rossaneis, M. Haddad, K. Fernandes, Paloma de Souza Cavalcante Pissinati
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Abstract
Objetivo: Analisar a sobrevida e os fatores associados à mortalidade de pacientes com internações de longa permanência. Método: Estudo transversal, a partir de registros dos pacientes que tiveram internação de longa permanência, em hospital de alta complexidade, pelo Sistema Único de Saúde, de 2014 a 2017, com exclusão das reinternações. Utilizou-se a Regressão de Cox para identificação dos fatores associados à mortalidade. Dentre os pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva aplicou-se a curva Roc para determinar o ponto de corte do dia de maior risco de óbito. Resultados: Foram identificadas 1.209 internações de longa permanência resultando em prevalência de 7,3%. Do total de pacientes de longa permanência, 50,3% foram a óbito, a maioria com idade superior a 60 anos, com doenças do aparelho circulatório (40%). Os fatores associados à mortalidade dos pacientes com internação de longa permanência foram: ser idoso (HR=2,31; IC95%:1,89-2,81; p<0,001); internação clínica (HR=1,82; IC95%: 1,54-2,15; p<0,001) e internação em UTI (HR=12,41; IC95%: 6,74-22,8; p<0,001). A mortalidade dos pacientes que foram internados na Unidade de Terapia Intensiva foi significativamente maior a partir do nono dia (p = 0,036). Conclusão: Verificou-se uma alta taxa de mortalidade em pacientes com internação de longa permanência, principalmente, entre idosos com doenças crônico-degenerativas e em cuidados paliativos.