A CIDADANIA DE ZÉ FRANCISCO E A HISTÓRIA ‘FEITA DE BAIXO’: OS MOVIMENTOS SOCIAIS DE LUTA PELA TERRA. PARTE 2: A REFORMA AGRÁRIA E O CAMPESINISMO NO FUTURO BRASILEIRO (1989-2013)
{"title":"A CIDADANIA DE ZÉ FRANCISCO E A HISTÓRIA ‘FEITA DE BAIXO’: OS MOVIMENTOS SOCIAIS DE LUTA PELA TERRA. PARTE 2: A REFORMA AGRÁRIA E O CAMPESINISMO NO FUTURO BRASILEIRO (1989-2013)","authors":"Colin Henfrey","doi":"10.25247/2447-861X.2018.N245.P624-660","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Como sua primeira parte, este artigo deriva de matéria antropológica e oral coletada ao longo de 40 anos, principalmente na Chapada Diamantina baiana. Em forma narrativa, continua a história da mesma família extensa envolvida na luta pela terra nos anos setenta e oitenta. Na década seguinte, suas segundas e terceiras gerações contribuíram decisivamente para o sucesso do MST em mobilizar as ocupações e acampamentos, cuja transformação em assentamentos prometeu um futuro mais justo para a região. Porém este futuro ainda está tardando, ao ponto dos assentamentos servirem como ‘exércitos de reserva’ para o agronegócio local. Concluindo, o artigo sugere que a possibilidade deles constituírem uma alternativa sustentável ao domínio do agronegócio dependera de dois processos: um novo padrão descentralizado e democrático, de ‘desenvolvimento feito de baixo’; e um novo projeto político promovendo esse tipo de solução à duradoura questão agrária brasileira e suas consequências sociais mais amplas.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25247/2447-861X.2018.N245.P624-660","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Como sua primeira parte, este artigo deriva de matéria antropológica e oral coletada ao longo de 40 anos, principalmente na Chapada Diamantina baiana. Em forma narrativa, continua a história da mesma família extensa envolvida na luta pela terra nos anos setenta e oitenta. Na década seguinte, suas segundas e terceiras gerações contribuíram decisivamente para o sucesso do MST em mobilizar as ocupações e acampamentos, cuja transformação em assentamentos prometeu um futuro mais justo para a região. Porém este futuro ainda está tardando, ao ponto dos assentamentos servirem como ‘exércitos de reserva’ para o agronegócio local. Concluindo, o artigo sugere que a possibilidade deles constituírem uma alternativa sustentável ao domínio do agronegócio dependera de dois processos: um novo padrão descentralizado e democrático, de ‘desenvolvimento feito de baixo’; e um novo projeto político promovendo esse tipo de solução à duradoura questão agrária brasileira e suas consequências sociais mais amplas.