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Abstract
Resumo Os dois primeiros meses da chegada da Covid-19 no Brasil e em especial na cidade do Rio de Janeiro suscitaram inúmeras controvérsias. Uma delas se deu em torno dos corpos que teriam que se manter expostos ao vírus para garantir o funcionamento dos serviços que “não podiam parar” ou que estariam envolvidos diretamente no combate da doença. Na pandemia, neste evento de “tirar o fôlego”, foram equiparados médicos e demais profissionais da saúde, populações vulnerabilizadas, trabalhadores precarizados, idosos e pacientes crônicos. Através do relato de uma saída para visitar meu pai, da interação em páginas de bairro do Facebook, em conversas com interlocutores (por telefone e em grupos de WhatsApp) e através de notícias de diferentes mídias, o texto acompanha algumas polêmicas, em especial, a ideia aceita por segmentos da sociedade e do governo de que determinados corpos poderiam permanecer mais expostos ao vírus e, por conseguinte, mais expostos à morte.