Thaise Cristina Lima de Oliveira, Daiana Oliveira da Silva, Erivânia Guedes da Paz, Laisa Liane Paineiras-Domingos
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Abstract
A pandemia de covid-19 transformou o cotidiano da população mundial. Com as crianças e os adolescentes não foi diferente, o fechamento de escolas, centros esportivos, praças e locais de lazer propiciaram o isolamento social, afastando-os do convívio social e favorecendo a consolidação desse afastamento. Tais mudanças podem suscitar transtornos e representar prejuízos futuros na idade adulta, haja vista que a necessidade de medidas restritivas ao domicílio gera prejuízos na saúde mental da população, desencadeando ansiedade e sofrimento psicológico. Esta revisão visa analisar os efeitos do isolamento social causado pela covid-19 na inatividade física e na saúde mental de crianças e adolescentes. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura baseada nas recomendações PRISMA e registrada no PROSPERO. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais, publicados entre 2020 e 2021 e que envolveram crianças e adolescentes que estiveram em isolamento social. Após a análise dos estudos incluídos, verificou-se redução na prática de atividade física, aumento no tempo de tela e impactos psicossociais com a incidência de depressão leve e moderada, ansiedade e sintomas depressivos. Tais resultados sugerem a importância da criação de políticas públicas com o objetivo de minimizar os efeitos na ansiedade, na qualidade do sono, no tempo de tela e nos sintomas depressivos causados pelo isolamento social, considerando os aspectos biopsicossociais e com foco na promoção da qualidade de vida de crianças e adolescentes.