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Abstract
O texto apresenta uma leitura crítica da obra de Lelé em Salvador a partir de escritos de Pier Vittorio Aureli e Mark Wigley, que constituem uma moldura teórica que associa o desafio da arquitetura como disciplina autônoma diante dos violentos processos de urbanização aos protocolos de representação que estabelecem relações, sempre desprovidas de neutralidade ou clareza objetiva, entre a arquitetura e o lugar. Sob esta perspectiva, abre-se um campo interpretativo que revela uma acentuada diferenciação entre os dois períodos de atuação do arquiteto na cidade (o primeiro de meados dos anos 1970 até 1982 e o segundo entre 1986 e 1994): além das evidentes diferenças entre os materiais empregados, surgem de maneira inequívoca posturas e estratégias claramente distintas quanto à relação com a arquitetura da cidade e sua possibilidade de expressão contemporânea, reveladas através da análise das passarelas para pedestres para o sistema do bonde urbano, em oposição a obras como a Estação da Lapa ou as Secretarias de Estado no CAB, todas de autoria de Lelé.