“Raspas e restos ne interessam”: Arquivos de instituições educativas como espaços de guarda, ensino e pesquisa

Neste artigo, procura-se instigar os leitores a refletirem acerca de temas sensíveis que perpassam a formação docente, notadamente no que diz respeito à importância do cuidado com as memórias das instituições educativas, constitutivas do tempo presente. Neste sentido, enfatizou-se a experiência desenvolvida no Arquivo Histórico da Faculdade de Educação/UFRGS e os desafios que existem em aproximar a memória institucional como temática que interesse aos jovens estudantes dos cursos de licenciatura.  Fez-se uma defesa das aulas de História da Educação, como disciplina na qual é possível desenvolver estratégias formativas que envolvam as múltiplas faces dos gestos de guardar, com vistas a que esse componente curricular faça sentidos para quem está em processo de tornar-se professor e que possam reverberar na futura atuação como docentes. Além disso, problematizam-se questões em torno da constituição de Arquivos, nas interfaces com discussões sobre a memória e o patrimônio educativo.