Urbanismo feminista: mulheres, espaço urbano e controle

Este artigo tem a intenção de alargar o debate sobre o urbanismo feminista e suas contribuições para uma sociedade mais justa e equânime a partir de cidades que respondam às diferentes demandas presentes nos seus territórios. É nítido que o urbanismo continua sendo pautado por um discurso unidimensional, contemplando realidades hegemônicas, em favor da manutenção da estrutura patriarcalista da sociedade. Através de revisão bibliográfica sobre temas como biopolítica, decolonialidade e urbanismo feminista aliada a um breve levantamento de dados sobre a presente realidade das mulheres nas cidades brasileiras, o artigo se coloca como uma introdução à ideia de que o planejamento urbano tem funcionado como mecanismo de controle dos corpos no espaço, determinando aqueles que pertencem ou não a determinados lugares da cidade.