ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA PREVALÊNCIA DE SÍFILIS EM GESTANTES EM GOIÁS

Introdução: A sífilis é uma doença sistêmica causada pela bactéria Treponema pallidum, a qual consiste em três estágios clínicos sequenciais e sintomáticos espaçados por períodos de infecção latente assintomáticos, tornando os indivíduos infectados propensos à transmissibilidade nas primeiras duas fases. A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, infectocontagiosa, que também pode ser adquirida através do contágio vertical durante a gestação. Se não tratada de maneira adequada, esta pode permanecer no corpo do indivíduo infectado por longos períodos e depois apresentar manifestações clínicas, as quais podem evoluir e comprometer múltiplos sistemas do corpo. Objetivo: determinar o perfil epidemiológico das pessoas infectadas com sífilis que residem no estado de Goiás. Material e métodos: Esta pesquisa consistiu em um estudo epidemiológico, retrospectivo, descritivo com abordagem quantitativa sobre o número de casos de sífilis em gestantes notificados no Estado de Goiás, entre 2011 e 2021. A coleta de dados foi realizada em 26 de fevereiro de 2022 utilizando os dados secundários de domínio público disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no site Indicadores e dados básicos da sífilis nos municípios brasileiros. Foram coletados dados referentes às variáveis idade, raça/cor, escolaridade e categoria clínica da sífilis. Os dados foram analisados, por meio do software Excel do Office 365, usando-se a estatística descritiva simples e foram apresentados em valores absolutos (número de casos totais) e as demais variáveis em porcentagem. Resultados: Verificou-se que no período de 2011 e 2021, a infecção por sífilis era predominante em gestantes com 20-29 anos (53,5%), pardas (58,4%), da 5° a 8° série incompletos (26,2%); sendo a sífilis primária a mais predominante (29,3%). Conclusão: Concluiu-se que o perfil epidemiológico das gestantes portadoras de sífilis em Goiás é predominantemente, de mulheres com idade entre 20-29 anos, pardas, com baixo a médio grau de escolaridade e portadoras de sífilis primária e latente.