Impactos da agricultura convencional sobre o solo, a água e os processos produtivos agrícolas: a necessária transição agroecológica em áreas paleodunares

A agricultura, por sua própria natureza e características, exerce uma permanente pressão sobre os recursos naturais, sendo uma das atividades humanas que mais acarreta impactos e que requer incessante intervenção humana. A produção agrícola no Brasil vem degradando seus recursos florísticos, edáficos e hídricos, sendo que o grande desafio a ser superado é a efetivação de uma transição agroecológica, onde práticas sustentáveis sejam a base do processo produtivo, diminuindo assim os impactos aos sistemas agrobiodiversos. Nesse sentido, a pesquisa tem como problemática as seguintes: Quais são os impactos aos ambientes naturais [paleodunares] e as sociedades provocados pelas práticas agrícolas convencionais? Quais são os caminhos e os benefícios que levam a necessidade de implementação de uma transição agroecológicas? Objetivou-se analisar os principais impactos ambientais provocados pelas práticas agrícolas convencionais, bem como, os efeitos destas ao solo, as águas e a agrobiodiversidade, visando compreender a relevância da transição agroecológica. O público-alvo da pesquisa foi constituído por agricultores ribeirinhos que vivem no entorno das áreas paleodunares no município de Casa Nova/BA, e para tal, se utilizou como parâmetro o método dialético, com abordagem quali-quantitativa, sendo esta uma pesquisa básica, mas também bibliográfica e de campo. Os resultados encontrados sinalizam a amplitude dos impactos não apenas ambientais, mas também sociais, bem como, a urgência de realização de uma transição agroecológica, visando dirimir práticas agrícolas sustentáveis e utilização de tecnologias reparadoras, especialmente nos territórios paleodunares que apresentam alto grau de vulnerabilidade ambiental.