SOBRE A COMPARAÇÃO TRANSAMERICANA DE SÉBASTIEN FATH: PRODUTIVIDADE E LIMITES DE UMA ANÁLISE COMPARATIVA TANTO TEMPORAL QUANTO ESPACIAL

As práticas comparativas encontram-se no cerne dos estudos realizados em Ciências Sociais3, e a “comparação transamericana” dos movimentos evangélicos proposta por Sébastien Fath mostra mais uma vez sua importância e produtividade. A análise comparativa, tanto no tempo como no espaço, baseia-se em um pressuposto implícito segundo o qual tratamos de um fenômeno social similar, apesar da distância entre os séculos e apesar da maneira como ele se manifesta em uma mesma época em lugares distintos. Um fenômeno social cujo caráter similar, pelo menos em certo grau, permite designá-lo com um mesmo nome, em períodos diferentes e em diversos cantos do mundo: “cristianismo evangélico”, “movimento evangélico” ou “evangelicalismo”. A prática dessa análise comparativa diacrônica e sincrônica é ao mesmo tempo apreensivamente difícil e cientificamente necessária. Apreensivamente difícil porque se trata de sempre se confrontar à singularidade do fenômeno em uma época e lugar determinados e, portanto,