Compostos de Morinda citrifolia como indutores de respostas bioquímicas em plantas de melão.

As plantas apresentam mecanismos complexos de defesa estrutural e bioquímica que podem ser ativados antes ou após o ataque de microrganismos fitopatogênicos. Dentre esses mecanismos, estão as proteínas relacionadas à patogênese (PRP) e a resposta hipersensível através da produção de espécies reativas de oxigênio (ERO), as quais auxiliam na defesa contra os fitopatógenos e redução da toxicidade dos radicais livres. A ativação deste sistema pode ser por fatores bióticos ou  abióticos que podem estimular a atividade bioquímica, denominadas substâncias elicitoras, como óleos essenciais e seus constituintes. Estudos na área são necessários para aprofundar conhecimento e atingir a viabilidade técnica e econômica de seu uso em benefício da agricultura sustentável. Objetivou-se avaliar a atividade enzimática de plantas de meloeiro submetidas à aplicação de óleo essencial de noni (OE) e ácido octanóico (AO). Foram testadas diferentes concentrações dos tratamentos e como testemunhas: fungicida Cerconil® (0,2%) e  estimulante vegetal Yantra®. As enzimas com atividade avaliada foram superóxido dismutase (SOD), quitinase (QUIT), ascorbato peroxidase (APX) e catalase (CAT). O ácido octanóico (0,1%) e óleo essencial (0,5%) foram os maiores ativadores da SOD dentre os tratamentos testados. A APX teve sua produção aumentada pela aplicação de ácido octanóico à 0,1%. O OE foi o maior ativador da CAT na concentração de 2%. Confirmando a atividade dos metabólitos secundários de Morinda citrifolia como ativadores do sistema de defesa e provável ação imediata contra microrganismos. Considerando assim compostos potenciais para o desenvolvimento de um bioproduto como substituto de defensivos agrícolas.   Palavras-chave: bioprodutos, compostos naturais, Cucumis melo L., espécies reativas de oxigênio, óleo essencial.