{"title":"帕克塔群岛个体渔民社区","authors":"Marcos Bastos Pereira, M. Silva, Vanessa Magalhães Ferreira, Marcella Zicari Amaral, Vitória Alcantara Guedes do Amaral, Guilherme Araken Carriço Mizrahi, Bernardo Cruz, Mariana Chaves Pragana","doi":"10.54033/cadpedv21n7-145","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A partir de 20 de abril de 2021, foi lançada no Brasil a “Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável” (2021-2030), alinhada com a proposta da ONU da “Década dos Oceanos” para conscientizar a população em todo o mundo sobre sua importância e mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares. Os pescadores artesanais dependem diretamente dos oceanos para sua sobrevivência. Muitos desses pescadores vem enfrentando desafios, como a pesca excessiva, a poluição dos oceanos, a degradação dos habitats marinhos e as mudanças climáticas, que ameaçam a sustentabilidade de suas atividades. Nesse sentido o conhecimento da realidade de vida dos pescadores se mostra uma importante ferramenta para desenvolvimento de projetos que auxiliem, capacitem e promovam a manutenção das tradições da pesca artesanal. O presente trabalho aborda um projeto de caracterização e ações junto à Comunidade de Pescadores Artesanais em Paquetá. O objetivo principal foi compreender a atividade pesqueira da pesca artesanal, seus desafios socioambientais e fornecer insights valiosos com o potencial de orientar ações que promovam a sustentabilidade da pesca e melhorem as condições de vida das comunidades pesqueiras. Este estudo foi subdividido em seções, na primeira uma caracterização pessoal dos pescadores e da atividade pesqueira foi realizada. Dados referentes as artes de pesca utilizadas, meio flutuante, esforço de pesca, espécies capturadas e entraves a atividade foram registrados. Em seguida, as relações socioambientais foram analisadas, incluindo a complexa ligação com os ecossistemas marinhos e percepções em relação aos efeitos prejudiciais da poluição sobre a pesca. Nos entraves da atividade, a poluição ocupou um papel de destaque, seguida da falta de organização adequada no setor. Uma grande parcela de pescadores declarou não possuir registro geral da pesca (RGP) e desconhecer seus direitos. A arte de pesca mais utilizada foi a rede de emalhe e espera. Foram identificadas 19 espécies de pescado mais capturados. 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Comunidade de pescadores artesanais do arquipélago de paquetá
A partir de 20 de abril de 2021, foi lançada no Brasil a “Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável” (2021-2030), alinhada com a proposta da ONU da “Década dos Oceanos” para conscientizar a população em todo o mundo sobre sua importância e mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares. Os pescadores artesanais dependem diretamente dos oceanos para sua sobrevivência. Muitos desses pescadores vem enfrentando desafios, como a pesca excessiva, a poluição dos oceanos, a degradação dos habitats marinhos e as mudanças climáticas, que ameaçam a sustentabilidade de suas atividades. Nesse sentido o conhecimento da realidade de vida dos pescadores se mostra uma importante ferramenta para desenvolvimento de projetos que auxiliem, capacitem e promovam a manutenção das tradições da pesca artesanal. O presente trabalho aborda um projeto de caracterização e ações junto à Comunidade de Pescadores Artesanais em Paquetá. O objetivo principal foi compreender a atividade pesqueira da pesca artesanal, seus desafios socioambientais e fornecer insights valiosos com o potencial de orientar ações que promovam a sustentabilidade da pesca e melhorem as condições de vida das comunidades pesqueiras. Este estudo foi subdividido em seções, na primeira uma caracterização pessoal dos pescadores e da atividade pesqueira foi realizada. Dados referentes as artes de pesca utilizadas, meio flutuante, esforço de pesca, espécies capturadas e entraves a atividade foram registrados. Em seguida, as relações socioambientais foram analisadas, incluindo a complexa ligação com os ecossistemas marinhos e percepções em relação aos efeitos prejudiciais da poluição sobre a pesca. Nos entraves da atividade, a poluição ocupou um papel de destaque, seguida da falta de organização adequada no setor. Uma grande parcela de pescadores declarou não possuir registro geral da pesca (RGP) e desconhecer seus direitos. A arte de pesca mais utilizada foi a rede de emalhe e espera. Foram identificadas 19 espécies de pescado mais capturados. Como desdobramento da caracterização oficinas de capacitação foram implementadas e também realizadas rodadas de auxílio ao Registro Geral da Pesca (RGP)