FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DIFERENTES PARADIGMAS E A PEDAGOGIA CRÍTICA

O objetivo deste trabalho é refletir acerca da formação continuada de professores da educação infantil tendo como foco os paradigmas subjacentes à nossa formação na interface com a pedagogia crítica a partir de autores como Adorno (1995), Alarcão (2001), Behrens (2007), Freire (1996), Giroux (1997), Mclaren (1997), Nóvoa (1995), entre outros. Este estudo faz o traçado teórico da formação continuada, de forma sintética, ressaltando que a formação que rompe com os esquemas verticais e nos torna conscientes nos leva à humanização, à libertação autêntica em busca da emancipação ou empoderamento. Apresentamos também o delineamento dos paradigmas de formação que influenciaram e continuam a influenciar a formação de professores em nosso país fazendo uma conexão com a pedagogia crítica no sentido de problematizar conceitos, reformular práticas conduzindo à construção da consciência crítica. A reflexão aqui tratada nos leva ao reconhecimento de que a pedagogia crítica deve nortear nossa formação continuada levando-nos a reconhecer e transformar as características antidemocráticas e opressivas do controle hegemônico para ressignificar nossa prática docente. O desenvolvimento metodológico pauta-se na Pesquisa Narrativa com o apoio do método autobiográfico para produção e recolha dos dados por tornar possível a compreensão dos sentidos e significados situacionais da vida profissional dos sujeitos envolvidos. A produção de dados deu-se a partir da escritura de memoriais e participação em grupos de discussão acerca da problemática investigada. Os resultados indicam preliminarmente que a formação continuada é de extrema necessidade ao aperfeiçoamento profissional docente por contribuir com a formação de cidadão conscientes, críticos, autênticos, produtores de saber que se consolidam no exercício autônomo de nossa profissão docente.