PANDEMIA DE COVID-19 E SUA RELAÇÃO COM O TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO: ESTUDO COM BOMBEIROS DO 21º BATALHÃO DE ITAPERUNA/RJ

No dia 31 de dezembro de 2019, foram registrados em Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China, os primeiros casos de uma pneumonia causada pelo coronavírus (2019-nCoV), uma nova cepa de coronavírus que ainda não havia sido identificada em seres humanos. Desde então, o vírus se espalhou por todos os países do mundo, sobrecarregando os sistemas de saúde, provocando internações e mortes em curtos períodos. No Brasil, os casos cresceram rápida e gradativamente, exigindo planejamento, estratégias e dinâmicas atualizadas para o atendimento da população, bem como quantitativo considerável de profissionais de saúde para atuarem na linha de frente, inclusive do corpo de bombeiros, os quais tiveram um significativo aumento nas exigências impostas sobre eles, necessitando de importante investimento na prevenção de sua saúde mental, sobretudo, em se tratando do Transtorno de Estresse Pós-Traumático, um Transtorno de ansiedade, cuja emoção primária é o medo, seguido do trauma, caracterizado como uma “ferida” psíquica, causada pela carga de estresses que excedem a capacidade de processamento de emoções e sentimentos de uma pessoa. Esse tipo de estresse se caracteriza como um estado de tensão, causando uma ruptura no equilíbrio interno do organismo do indivíduo devido situações adversas de perigo e/ou ameaça, podendo provocar alterações fisiológicas e emocionais. Diante do exposto, buscou-se verificar se o período de pandemia de COVID-19 tem influenciado o aumento do risco de desenvolvimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático nos profissionais do Corpo de Bombeiros, tendo como amostra os servidores do 21º Batalhão, localizado na cidade de Itaperuna, estado do Rio de Janeiro.