A relação entre os níveis de depressão, ansiedade e estresse no ambiente universitário com alunos dos cursos da área da saúde saúde mental e adaptação acadêmica

Durante o desenvolvimento do estudante, a transição para o Ensino Superior pode ser vista como um marco em que ocorrem inúmeros processos individuais de aprendizagem e socialização. As instituições de ensino possuem grande valor para a ampliação de habilidades e competências, com ênfase para os aspectos sociais, cognitivos e de saúde. As mudanças experimentadas pelos alunos nesse ambiente criam demandas ligadas à saúde mental que essas instituições deveriam se atentar. Isto posto, o presente projeto de pesquisa versa sobre os impactos observados a partir das associações entre os níveis de sintomatologia depressiva, de ansiedade e de estresse e das dimensões da adaptação acadêmica de alunos matriculados em cursos diversos da saúde. Participaram da pesquisa 310 universitários regularmente matriculados em instituições públicas e particulares de diversas universidades do país, que responderam remotamente instrumentos de autorrelato que avaliam os construtos supracitados. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritiva e inferencial (teste de correlação). Como resultados, identificou-se a existência de correlação estatisticamente significativa, positiva entre a sintomatologia depressiva, ansiosa e estressora relacionada à adaptação pessoal-emocional e institucional. O estresse demonstrou correlação significativa com a dimensão da adaptação social. Ressalta-se que o período reportado nesta pesquisa equivale ao meio do semestre letivo em instituições particulares e públicas de todo o território nacional, em que se inicia o período das avaliações. Apoiado nesses resultados, é prevista a continuidade da coleta de dados buscando a ampliação amostral, com o intento de avaliar e identificar aspectos psicopatológicos que podem ter ligação com a (des)adaptação acadêmica.