Jornais comunitários e independentes no contexto da cidade de Florianópolis/SC: convergências e divergências com o discurso do jornalismo dominante

A estreita relação entre as práticas jornalísticas e outras práticas sociais implica a necessidade de análise crítica dos impactos do jornalismo em suas diferentes formas de manifestação. De um lado, tem-se o jornalismo dominante, gerenciador da estrutura de pensamento público vigente, que dita informações de acordo com interesses específicos (Soares, 2006), mas que se diz neutro e imparcial. De outro lado, está o jornalismo alternativo (sindical, comunitário, independente etc.), engajado em transformações sociais e que adota um viés posicionado. Este artigo tem o objetivo de analisar os discursos de oito jornais comunitários e três independentes existentes na cidade de Florianópolis/SC para identificar em que medida estes se aproximam ou se distanciam do modelo de jornalismo dominante, considerado a partir do discurso da NSC Comunicação. Para tanto, as discussões são fundamentadas pela abordagem teórico-metodológica da Análise Crítica de Gêneros a partir de Bonini (2013, 2017). Os resultados apontam para diferentes graus de convergência/divergência, em relação aos preceitos do jornalismo dominante, nos jornais comunitários e independentes analisados.