{"title":"吸烟或重建行动(摄影系列)","authors":"Waleff Dias Caridade","doi":"10.12957/concinnitas.2023.72758","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Defumação ou ação para a reconstrução (2021) acompanha a queimada do incenso palo santo sobre uma base de dildo preto de borracha destruído, posicionado na região genital, e é a defumação do fantasma fraseado da masculinidade, personificado na figura paterna, que assombrava o artista quando criança. “- Não seja igual o teu pai”. A série fotográfica conecta a ação, a destruição do (meu) falo** (2019), em que o artista assimilou as representações, dionisíaca (um membro assustador) e sadomasoquista (violador)***, ofertadas à homens negros pela branquitude e tencionou a destruição através da antropofagia coletiva do símbolo, uma vez que a mãe negra não teria que ser guerreira se o pai negro não tivesse sido pressionado para representar o papel da violência. Diferente da percepção ocidental, deformando e oferecendo a autodestruição, o falo negro é força de afirmação e transgressão. Ele é o ogó que Exu porta e com ele transforma, antes de um caráter de reprodução, é o fluxo de sangue vivo do movimento da vida. Desse modo, por meio da fumaça, o primeiro elo de comunicação com o ancestral, proponho a reconstrução articulando outra relação com a masculinidade.","PeriodicalId":102034,"journal":{"name":"Revista Concinnitas","volume":"38 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Defumação ou ação para reconstrução (série fotográfica)\",\"authors\":\"Waleff Dias Caridade\",\"doi\":\"10.12957/concinnitas.2023.72758\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Defumação ou ação para a reconstrução (2021) acompanha a queimada do incenso palo santo sobre uma base de dildo preto de borracha destruído, posicionado na região genital, e é a defumação do fantasma fraseado da masculinidade, personificado na figura paterna, que assombrava o artista quando criança. “- Não seja igual o teu pai”. A série fotográfica conecta a ação, a destruição do (meu) falo** (2019), em que o artista assimilou as representações, dionisíaca (um membro assustador) e sadomasoquista (violador)***, ofertadas à homens negros pela branquitude e tencionou a destruição através da antropofagia coletiva do símbolo, uma vez que a mãe negra não teria que ser guerreira se o pai negro não tivesse sido pressionado para representar o papel da violência. Diferente da percepção ocidental, deformando e oferecendo a autodestruição, o falo negro é força de afirmação e transgressão. Ele é o ogó que Exu porta e com ele transforma, antes de um caráter de reprodução, é o fluxo de sangue vivo do movimento da vida. Desse modo, por meio da fumaça, o primeiro elo de comunicação com o ancestral, proponho a reconstrução articulando outra relação com a masculinidade.\",\"PeriodicalId\":102034,\"journal\":{\"name\":\"Revista Concinnitas\",\"volume\":\"38 3\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-01-24\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Concinnitas\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.12957/concinnitas.2023.72758\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Concinnitas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12957/concinnitas.2023.72758","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Defumação ou ação para reconstrução (série fotográfica)
Defumação ou ação para a reconstrução (2021) acompanha a queimada do incenso palo santo sobre uma base de dildo preto de borracha destruído, posicionado na região genital, e é a defumação do fantasma fraseado da masculinidade, personificado na figura paterna, que assombrava o artista quando criança. “- Não seja igual o teu pai”. A série fotográfica conecta a ação, a destruição do (meu) falo** (2019), em que o artista assimilou as representações, dionisíaca (um membro assustador) e sadomasoquista (violador)***, ofertadas à homens negros pela branquitude e tencionou a destruição através da antropofagia coletiva do símbolo, uma vez que a mãe negra não teria que ser guerreira se o pai negro não tivesse sido pressionado para representar o papel da violência. Diferente da percepção ocidental, deformando e oferecendo a autodestruição, o falo negro é força de afirmação e transgressão. Ele é o ogó que Exu porta e com ele transforma, antes de um caráter de reprodução, é o fluxo de sangue vivo do movimento da vida. Desse modo, por meio da fumaça, o primeiro elo de comunicação com o ancestral, proponho a reconstrução articulando outra relação com a masculinidade.