PRODUÇÃO DE MILHO CULTIVADO COM APLICAÇÃO DE COMPOSTO DE ESTÁBULO

Os solos do Cerrado naturalmente apresentam alta acidez e baixa disponibilidade de nutrientes, demandando correção e fertilização para obtenção de altas produções. Embora a fertilização mineral promova a melhoria da fertilidade do solo, a fertilização orgânica pode também melhorar as suas propriedades físicas e biológicas. Objetivou-se avaliar os efeitos da substituição da adubação mineral pela adubação orgânica na fertilidade do solo, na nutrição e na produção do milho (Zea mays L.) para silagem. O experimento foi conduzido na fazenda Barreiro Alto (Sete Lagoas- MG) sob delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições e nove tratamentos; combinações de adubação mineral (200 a 400 kg ha-1 de 30-0-10) e orgânica (4 a 8 t ha-1 do composto de estábulo) em cobertura, além da testemunha (sem fertilização). Ao final do ciclo, avaliou-se a produção, os atributos da fertilidade do solo, os teores e os acúmulos de nutrientes nas plantas. As variáveis não foram influenciadas significativamente pelas adubações orgânica e mineral. Em média, o milho acumulou na parte aérea; 254, 33, 213, 53, 36 e 19 kg ha-1 de N, P, K, Ca, Mg e S, além de 188, 63, 1263, 952 e 487 g ha-1 de B, Cu, Fe, Mn e Zn, respectivamente. A produtividade média de grãos utilizando a adubação mineral foi de 6,7 t ha-1, ao passo que 7,1 t ha-1 foram obtidas com a aplicação do adubo orgânico. O composto de estábulo proporciona a mesma nutrição verificada com a adubação mineral ao milho cultivado em solo de boa fertilidade química.