Francisco H. Arruda de Oliveira, Carlos Antonio De Paiva Holanda
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A presença do negro na literatura potiguar é um estudo incipiente, seja pela quase ausência de pesquisas sobre o tema ou, ainda, pela caracterização da literatura regional que sobrepõe aspectos temáticos e estilísticos da produção poética do Rio Grande do Norte. Nesse sentido, este artigo objetiva analisar a imagem construída do negro no âmbito da escrita literária regional, os fatores condicionantes que permeiam a presença ou ausência da negritude como autoria/temática, assim como a categoria do regional como um espaço suprarregional que ultrapassa o conceito de regionalismo como lugar geográfico para entendê-lo na perspectiva de ambiente histórico-cultural representativo. Para isso, o trabalho metodológico, de análise documental e abordagem qualitativa, precisa se deter na crítica dos fundamentos teóricos, literários e culturais que permeiam a figura do negro na poesia potiguar na primeira metade do século XX. Tomamos como aporte teórico a noção de suprarregional de Arendt (2011), o conceito de literatura afrodescendente de Duarte (2002) e de imagologia de Ribeiro (2005). A nossa hipótese é a de que a escrita poética potiguar é sucumbida por estéticas decadentes e regionalismo, corroborando para que a imagem do negro seja minimizada e a sua representação ocorra por meio de vozes dissonantes.