DO LIVRO DIDÁTICO FÍSICO AO IMATERIAL: O EMPURRÃO DA PANDEMIA

Este ensaio, de caráter exploratório, pretende situar a produção e uso educacional do conteúdo didático do ensino básico brasileiro durante e pós-pandemia, associando-as a políticas públicas que vêm sinalizando a mudança do conteúdo didático em livros físicos para o ambiente digital. Esse marco legal vem sendo implantado já há algum tempo, com resultados ainda pouco tangíveis. Porém no contexto da pandemia do Covid-19, evidenciou pontos críticos, mostrou lacunas estruturais e explicitou interesses. Aborda-se aqui o atual modelo de produção de conteúdo didático, relacionando-o ao PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) e a passagem para plataformas de conteúdo. Aponta-se também as bases desejáveis para o desenvolvimento de um ensino híbrido em cenários futuros, nos termos de uma mudança paradigmática, que vai além do campo instrumental. Ao desenhar dinâmicas de criação de conteúdo, modelagem de currículos e avaliações, delineiam-se novos caminhos para o ensino e aprendizagem. Para traçar esse painel sobre o estado atual e possibilidades futuras dessa transformação, utilizamos marcos legais, referências bibliográficas, entrevistas e artigos de jornal.