SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE – UMA REVISÃO DE LITERATURA

Introdução: A terminologia “síndrome de Burnout” – ou síndrome do esgotamento profissional - é utilizada para descrever o transtorno emocional advindo de sintomas de exaustão, nervosismo, insônia, frustação, negatividade, dificuldade de concentração, insatisfação pessoal e no trabalho. Como principal causa tem-se a tensão emocional no ambiente de trabalho proveniente das condições físicas, emocionais e psicológicas. Os profissionais da saúde, em geral, são mais acometidos, principalmente médicos e enfermeiros, em detrimento da cobrança excessiva por resultados positivos e elevadas demandas. A atual revisão de literatura tem como finalidade analisar a prevalência da síndrome de Burnout em profissionais da saúde. Material e Método: Revisão sistemática por meio das bases de dados PubMed e SciELO, incluindo trabalhos nacionais e internacionais, publicados nos últimos cinco anos. No total, 13 artigos foram selecionados e utilizados. Resultados: A incidência dessa patologia é crescente e depende de vários fatores, em 2020, a Associação Internacional de Manejo do Estresse (ISMA) afirmou que 72% dos brasileiros já sofriam com estresse no ofício e desses, 32% já foram diagnosticados com Burnout. Tendo em vista sua etiologia multifatorial, algumas práticas como cuidar da saúde, realizar exercícios físicos regularmente, ocupar-se com atividades espirituais e obter recessos do trabalho são estratégias para promoção da saúde, devendo ser discutidas e implementadas para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. O diagnóstico e o tratamento dessa enfermidade devem ser multidisciplinares, usualmente realizados por psiquiatras e psicólogos, após análise clínica detalhada do paciente, a depender de cada caso, visando a integralidade do cuidado. Além disso, o uso de fármacos antidepressivos pode ser utilizado como terapia complementar. Conclusão: Dados sugerem que a síndrome de Burnout acomete um número significativo de profissionais da Saúde. Nessa senda, conclui-se que é fulcral o aprimoramento de políticas institucionais, curriculares e extracurriculares, de promoção de qualidade de vida e da saúde dos indivíduos afetados pelo Burnout, levando em consideração o caráter extenuante da doença.