A GESTÃO DO RDCS EM UM CANTEIRO DE OBRAS DE UM EDIFÍCIO COMERCIAL EM BENTO GONÇALVES – RS

A construção civil é o segmento da economia que mais consome recursos naturais e é também um dos maiores geradores de resíduos sólidos urbanos. Estes fatos mostram a necessidade de se buscar novos materiais, novas técnicas construtivas e uma gestão eficiente dos resíduos, onde as empresas respondam com responsabilidade às necessidades da sociedade, com foco em edificações construídas de forma ambientalmente sustentável, reduzindo assim os custos. Em vista do exposto, o objetivo central do presente artigo foi descrever como ocorre a gestão dos RDCs em um canteiro de obras de uma edificação comercial em Bento Gonçalves, no Estado do Rio Grande do Sul. Sendo assim, a fim de traçar um caminho coerente para o desenvolvimento do tema, foram delineados três objetivos específicos que são: verificar as vantagens do reaproveitamento dos RDCs no canteiro de obras; identificar as dificuldades no processo de reaproveitamento destes resíduos; e mensurar o percentual sobre o custo da edificação que foi economizado por meio do reaproveitamento dos RDCs no canteiro de obras de uma edificação comercial na cidade de Bento Gonçalves. A pesquisa tem caráter descritivo, com abordagem qualitativa, baseada em uma entrevista com um gestor de uma obra, referente a da implantação de um prédio, localizado na cidade de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. Os resultados mostram que as vantagens do uso dos RDCs no canteiro de obras são o reaproveitamento do material de demolição com a redução dos resíduos a serem retirados do canteiro. A maior dificuldade encontrada foi necessidade de estudos para estabelecer a viabilidade técnica e econômica prévias à obra, e a correta separação dos resíduos de demolição, pois a contaminação pode comprometer a qualidade do concreto. Com relação ao percentual sobre o custo da edificação economizado, este chegou 15% do previsto para execução dos serviços.