COESÃO E INCLUSÃO SOCIAL COMO POLÍTICA NO/DO CHILE PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS

O ensino de ciências no 1º ciclo do ensino fundamental do Chile vem, nas últimas duas décadas, produzindo sentidos em torno de demandas de coesão, equidade e integração social como tentativa de alcançar melhores resultados no desempenho escolar e no alcance da qualidade escolar. Neste artigo, partindo de uma abordagem discursiva apoiadas em pesquisas de Lopes e Macedo para as políticas de currículo, buscamos interpretar os textos produzidos nos documentos curriculares para problematizar a produção de sentidos sobre o ensino de ciências associado à ideia de progresso e adaptabilidade dos sujeitos, eixos centrais nas reformas educativas chilenas. Neles, a ciência é significada como estratégia, não apenas para descobrir e compreender o conhecimento científico, como também para adquirir competências para o desenvolvimento social dos estudantes.