“El marxismo dará salud a los enfermos”: ideia-chave da medicina social latino-americana

Neste artigo, analisamos a tela “El marxismo dará salud a los enfermos” (1954), de autoria da mexicana Frida Kahlo. Metodologicamente, procedemos conforme a proposta de análise imanente, considerando a perspectiva estética lukacsiana. Iniciamos com uma breve descrição da trajetória de Frida, com destaque para a obra em análise. Em seguida, realizamos analogias com premissas da Medicina Social Latino-americana, destacando três aspectos decisivos da determinação social da saúde: o caráter ontológico, a natureza dialética e o horizonte político. Destacamos que, tanto na obra de Frida quanto nos principais autores da Medicina Social Latino-americana (ambos influenciados pelo marxismo), está presente a ideia-chave de que a saúde, no capitalismo, consiste em manifestação do antagonismo entre capital e trabalho. Essa ideia-chave representa, pois, a síntese entre singularidades, particularidades e universalidade; assim como a articulação orgânica entre as esferas biológica e social, o que pressupõe certo caráter político, no sentido das respostas que essa articulação suscita e do horizonte de transformação da saúde, em suas múltiplas dimensões.