Eguimar Felício Chaveiro, Ricardo Junior de Assis Fernandes Gonçalves, R. Borges
{"title":"地理与文学,移民与存在:蒙萨利姆的TRANSMUNDO","authors":"Eguimar Felício Chaveiro, Ricardo Junior de Assis Fernandes Gonçalves, R. Borges","doi":"10.5380/GEOGRAFAR.V14I2.59559","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Uma leitura geográfica do espaço e do sujeito que busca a interpretação integrada entre ciência e arte, objetividade e subjetividade, concreto e simbólico, não omite as contribuições da literatura. Neste sentido, acredita-se que a voz literária enriquece e alarga a ação científica do geógrafo, seu modo de ver, desvendar e dizer o mundo. Em diferentes gêneros como poema, conto e romance, a literatura deixa inscrita as marcas de tempos e espaços, sua densidade econômica, antropológica, cultural e geográfica. Há neles cartografias da vida concreta e suas referências simbólicas, sociais e políticas. Sendo assim, as reflexões apresentadas neste texto baseiam-se na leitura do romance “Minha querida Beirute”, do escritor Miguel Jorge. O núcleo central da leitura é o processo migratório. Tratar-se-á de mostrar como o literato, em sua obra, “pisa o chão” revelando o sentido pedagógico do gênero romance: a sua capacidade de, por meio de uma história imaginada, dizer o inacabamento humano a partir da crítica de um tempo e as implicações dos conflitos, guerras e migrações forçadas que desenham a geopolítica global. O texto ainda sublinha as inesgotáveis possibilidades de diálogos entre geografia e literatura ao ampliar leituras do mundo, do espaço, do sujeito e da existência. ","PeriodicalId":114452,"journal":{"name":"REVISTA GEOGRAFAR","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"GEOGRAFIA E LITERATURA, MIGRAÇÃO E EXISTÊNCIA: O TRANSMUNDO DE MONSALIM\",\"authors\":\"Eguimar Felício Chaveiro, Ricardo Junior de Assis Fernandes Gonçalves, R. Borges\",\"doi\":\"10.5380/GEOGRAFAR.V14I2.59559\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Uma leitura geográfica do espaço e do sujeito que busca a interpretação integrada entre ciência e arte, objetividade e subjetividade, concreto e simbólico, não omite as contribuições da literatura. Neste sentido, acredita-se que a voz literária enriquece e alarga a ação científica do geógrafo, seu modo de ver, desvendar e dizer o mundo. Em diferentes gêneros como poema, conto e romance, a literatura deixa inscrita as marcas de tempos e espaços, sua densidade econômica, antropológica, cultural e geográfica. Há neles cartografias da vida concreta e suas referências simbólicas, sociais e políticas. Sendo assim, as reflexões apresentadas neste texto baseiam-se na leitura do romance “Minha querida Beirute”, do escritor Miguel Jorge. O núcleo central da leitura é o processo migratório. Tratar-se-á de mostrar como o literato, em sua obra, “pisa o chão” revelando o sentido pedagógico do gênero romance: a sua capacidade de, por meio de uma história imaginada, dizer o inacabamento humano a partir da crítica de um tempo e as implicações dos conflitos, guerras e migrações forçadas que desenham a geopolítica global. O texto ainda sublinha as inesgotáveis possibilidades de diálogos entre geografia e literatura ao ampliar leituras do mundo, do espaço, do sujeito e da existência. \",\"PeriodicalId\":114452,\"journal\":{\"name\":\"REVISTA GEOGRAFAR\",\"volume\":\"44 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-12-20\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"REVISTA GEOGRAFAR\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5380/GEOGRAFAR.V14I2.59559\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"REVISTA GEOGRAFAR","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/GEOGRAFAR.V14I2.59559","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
GEOGRAFIA E LITERATURA, MIGRAÇÃO E EXISTÊNCIA: O TRANSMUNDO DE MONSALIM
Uma leitura geográfica do espaço e do sujeito que busca a interpretação integrada entre ciência e arte, objetividade e subjetividade, concreto e simbólico, não omite as contribuições da literatura. Neste sentido, acredita-se que a voz literária enriquece e alarga a ação científica do geógrafo, seu modo de ver, desvendar e dizer o mundo. Em diferentes gêneros como poema, conto e romance, a literatura deixa inscrita as marcas de tempos e espaços, sua densidade econômica, antropológica, cultural e geográfica. Há neles cartografias da vida concreta e suas referências simbólicas, sociais e políticas. Sendo assim, as reflexões apresentadas neste texto baseiam-se na leitura do romance “Minha querida Beirute”, do escritor Miguel Jorge. O núcleo central da leitura é o processo migratório. Tratar-se-á de mostrar como o literato, em sua obra, “pisa o chão” revelando o sentido pedagógico do gênero romance: a sua capacidade de, por meio de uma história imaginada, dizer o inacabamento humano a partir da crítica de um tempo e as implicações dos conflitos, guerras e migrações forçadas que desenham a geopolítica global. O texto ainda sublinha as inesgotáveis possibilidades de diálogos entre geografia e literatura ao ampliar leituras do mundo, do espaço, do sujeito e da existência.