Frederico Buhatem Medeiros, Valéria Cristina de Souza Cantoni, Andrea Claudia Leão de Souza Abizaid, Aristéa Ribeiro Carvalho, Matheus Augusto Siscotto Tobias, Ana Carolina de Andrade Buhatem Medeiros
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Material e Métodos: Este estudo é uma revisão integrativa da literatura, por meio da pesquisa bibliográfica, e foram incluídos artigos publicados em inglês, disponíveis online, na íntegra, e que mencionavam extração dentária em indivíduos em terapia antiplaquetária. Resultados: Dentre 1026 artigos, após exclusão de revisões, foram incluídos neste estudo apenas 14, com as seguintes variáveis consideradas relevantes: autor e ano de publicação, título do artigo, amostra, terapia medicamentosa, objetivo, exame laboratorial, metodologia antiplaquetária, incidência de complicações, hemostáticos locais e conclusão. Discussão: Os estudos descritos mostraram um baixo número de complicações associadas a pequenos procedimentos cirúrgicos orais sem interrupção desses medicamentos e quase todos relataram taxas de sangramento perioperatório aceitáveis com diferentes esquemas antiplaquetários. Entretanto, devemos ponderar os fatores clínicos associados que aumentam o risco de sangramento para a individualização das recomendações em cirurgias odontológicas nos pacientes em uso de terapia antiplaquetária. Conclusão: Não é recomendada a suspensão da terapia medicamentosa, seja única ou dupla, frente ao receio de maiores sangramentos em cirurgias orais — exodontias. 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RECOMENDAÇÕES E ESTRATÉGICAS ODONTOLÓGICAS EM PACIENTES COM SÍNDROME CORONÁRIA AGUDA EM USO DE TERAPIA ANTIPLAQUETÁRIA:UM NOVO CONCEITO
As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas de morbi-mortalidade no mundo ocidental. Neste cenário, as síndromes coronarianas agudas (SCA) respondem pela grande maioria dos eventos fatais. A terapia antiplaquetária única e dupla (DAPT), constituída de ácido acetilsalicílico (AAS) associada a um inibidor da P2Y12, tem sido o componente essencial do tratamento da fase aguda da SCA. Neste artigo, daremos ênfase aos pacientes que realizam cirurgias odontológicas na vigência da DAPT. Material e Métodos: Este estudo é uma revisão integrativa da literatura, por meio da pesquisa bibliográfica, e foram incluídos artigos publicados em inglês, disponíveis online, na íntegra, e que mencionavam extração dentária em indivíduos em terapia antiplaquetária. Resultados: Dentre 1026 artigos, após exclusão de revisões, foram incluídos neste estudo apenas 14, com as seguintes variáveis consideradas relevantes: autor e ano de publicação, título do artigo, amostra, terapia medicamentosa, objetivo, exame laboratorial, metodologia antiplaquetária, incidência de complicações, hemostáticos locais e conclusão. Discussão: Os estudos descritos mostraram um baixo número de complicações associadas a pequenos procedimentos cirúrgicos orais sem interrupção desses medicamentos e quase todos relataram taxas de sangramento perioperatório aceitáveis com diferentes esquemas antiplaquetários. Entretanto, devemos ponderar os fatores clínicos associados que aumentam o risco de sangramento para a individualização das recomendações em cirurgias odontológicas nos pacientes em uso de terapia antiplaquetária. Conclusão: Não é recomendada a suspensão da terapia medicamentosa, seja única ou dupla, frente ao receio de maiores sangramentos em cirurgias orais — exodontias. Os métodos hemostáticos locais devem ser sempre utilizados para um bom controle da hemostasia local.