Camila Souza de Andrade, M. O. Costa, Mona Lisa Cordeiro Asselta da Silva, C. Barreto
{"title":"报告儿童和青少年的身体和性暴力:暴力和事故监测系统/VIVA的作用","authors":"Camila Souza de Andrade, M. O. Costa, Mona Lisa Cordeiro Asselta da Silva, C. Barreto","doi":"10.13102/RSCDAUEFS.V8I1.2974","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A violência representa um desafio para a saúde pública mundial, considerando as nefastas consequências psicossociais e comportamentais. Objetivo: analisar crianças e adolescentes, vitimas de violência física\\VF e sexual|VS, atendidas no Sistema Único de Saúde\\SUS. Metodologia: Estudo série de casos, utilizando registros do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes/VIVA\\Salvador/BA, no período 2009 a 2015. Resultados: Foram notificados 5610 casos, 84,3% (4727) VF e 15,7% (883) VS. Para VF, 64,3% das vítimas masculinas e 83,1% femininas, 55,2% - infância e 44,8% - adolescência; Predominou entre pardos e pretos (VF - 92,6%) e (VS - 89,8%). Agressor masculino foi maioria, pessoas conhecidas (29,1% - VF e 44,1% - VS) e familiares (26,7% - VF e 27,2% - VS); força corporal foi mais utilizada; corte/perfuração/laceração foram mais frequentes, em crânio, face e pescoço; 3,5% das crianças e 3,8% dos adolescentes atendidos evoluíram para óbito. Conclusões: Os achados apontaram alta proporção de atendimentos de crianças e adolescentes por violência física e sexual, na Rede de Saúde do SUS, sugerindo que o VIVA representa importante ferramenta de serviço e controle social, cujos indicadores podem contribuir com medidas de atenção para esses agravos.","PeriodicalId":331393,"journal":{"name":"Revista de Saúde Coletiva da UEFS","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-07-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"3","resultStr":"{\"title\":\"NOTIFICAÇÃO DA VIOLÊNCIA FÍSICA E SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: O PAPEL DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA DE VIOLÊNCIAS E ACIDENTES/VIVA\",\"authors\":\"Camila Souza de Andrade, M. O. Costa, Mona Lisa Cordeiro Asselta da Silva, C. Barreto\",\"doi\":\"10.13102/RSCDAUEFS.V8I1.2974\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A violência representa um desafio para a saúde pública mundial, considerando as nefastas consequências psicossociais e comportamentais. Objetivo: analisar crianças e adolescentes, vitimas de violência física\\\\VF e sexual|VS, atendidas no Sistema Único de Saúde\\\\SUS. Metodologia: Estudo série de casos, utilizando registros do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes/VIVA\\\\Salvador/BA, no período 2009 a 2015. Resultados: Foram notificados 5610 casos, 84,3% (4727) VF e 15,7% (883) VS. Para VF, 64,3% das vítimas masculinas e 83,1% femininas, 55,2% - infância e 44,8% - adolescência; Predominou entre pardos e pretos (VF - 92,6%) e (VS - 89,8%). Agressor masculino foi maioria, pessoas conhecidas (29,1% - VF e 44,1% - VS) e familiares (26,7% - VF e 27,2% - VS); força corporal foi mais utilizada; corte/perfuração/laceração foram mais frequentes, em crânio, face e pescoço; 3,5% das crianças e 3,8% dos adolescentes atendidos evoluíram para óbito. Conclusões: Os achados apontaram alta proporção de atendimentos de crianças e adolescentes por violência física e sexual, na Rede de Saúde do SUS, sugerindo que o VIVA representa importante ferramenta de serviço e controle social, cujos indicadores podem contribuir com medidas de atenção para esses agravos.\",\"PeriodicalId\":331393,\"journal\":{\"name\":\"Revista de Saúde Coletiva da UEFS\",\"volume\":\"16 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2018-07-18\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"3\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista de Saúde Coletiva da UEFS\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.13102/RSCDAUEFS.V8I1.2974\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Saúde Coletiva da UEFS","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.13102/RSCDAUEFS.V8I1.2974","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
NOTIFICAÇÃO DA VIOLÊNCIA FÍSICA E SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: O PAPEL DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA DE VIOLÊNCIAS E ACIDENTES/VIVA
A violência representa um desafio para a saúde pública mundial, considerando as nefastas consequências psicossociais e comportamentais. Objetivo: analisar crianças e adolescentes, vitimas de violência física\VF e sexual|VS, atendidas no Sistema Único de Saúde\SUS. Metodologia: Estudo série de casos, utilizando registros do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes/VIVA\Salvador/BA, no período 2009 a 2015. Resultados: Foram notificados 5610 casos, 84,3% (4727) VF e 15,7% (883) VS. Para VF, 64,3% das vítimas masculinas e 83,1% femininas, 55,2% - infância e 44,8% - adolescência; Predominou entre pardos e pretos (VF - 92,6%) e (VS - 89,8%). Agressor masculino foi maioria, pessoas conhecidas (29,1% - VF e 44,1% - VS) e familiares (26,7% - VF e 27,2% - VS); força corporal foi mais utilizada; corte/perfuração/laceração foram mais frequentes, em crânio, face e pescoço; 3,5% das crianças e 3,8% dos adolescentes atendidos evoluíram para óbito. Conclusões: Os achados apontaram alta proporção de atendimentos de crianças e adolescentes por violência física e sexual, na Rede de Saúde do SUS, sugerindo que o VIVA representa importante ferramenta de serviço e controle social, cujos indicadores podem contribuir com medidas de atenção para esses agravos.