{"title":"“他不会打球,因为他太蠢了!”在体育课上质疑性别关系","authors":"Milla Novais, Eder Luis Santana","doi":"10.17564/2316-3828.2021V11N1P109-123","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo tem o objetivo de apresentar uma proposta de ação integrativa para aulas de educação física. Sãoelaboradas críticas à tradicional visão de atividades separadas por gêneros e busca-se evidenciar comoessa disciplina é terreno fértil ao debate das questões ligadas a gênero, sexualidade e corporeidades. Alémdisso, a educação física pode ser crucial para o despertar de um posicionamento crítico, desafiador etransgressor diante dos padrões culturalmente estabelecidos e reproduzidos no ambiente escolar. Entende-se aqui a escola como espaço de construção e reprodução de valores sociais, atravessado por relaçõesde poder e saber que perpetuam moldes de dominação de alguns corpos sobre outros. Nesse contexto, ésugerido um olhar baseado na pedagogia engajada de bell hooks (2013), em diálogo com problematizaçõesligadas a gênero, corpo e dominação masculina a partir de Butler (2014), Le Breton (2006), dentre outros.Será descrito como a ação integrativa foi executada em um público-alvo formado por 35 crianças e adolescentesentre 10 e 14 anos que estudam em uma escola municipal de Salvador. Os dados indicam que83% delas consideram que o cenário ideal às aulas está no formato compartilhado entre meninos e meninas,e 77% afirmam ter presenciado algum tipo de preconceito na escola. Além disso, foram coletadasinformações reveladoras de como atos de preconceito foram vivenciados em suas caminhadas escolares. Éreforçado, então, o papel estratégico de docentes com disposição para tornar a educação física um espaço deacolhimento, afeto e formação crítica.","PeriodicalId":257057,"journal":{"name":"Interfaces Científicas - Educação","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-08-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"“ELE NÃO VAI JOGAR PORQUE É VIADO!” PROBLEMATIZANDO RELAÇÕES DE GÊNERO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA\",\"authors\":\"Milla Novais, Eder Luis Santana\",\"doi\":\"10.17564/2316-3828.2021V11N1P109-123\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo tem o objetivo de apresentar uma proposta de ação integrativa para aulas de educação física. Sãoelaboradas críticas à tradicional visão de atividades separadas por gêneros e busca-se evidenciar comoessa disciplina é terreno fértil ao debate das questões ligadas a gênero, sexualidade e corporeidades. Alémdisso, a educação física pode ser crucial para o despertar de um posicionamento crítico, desafiador etransgressor diante dos padrões culturalmente estabelecidos e reproduzidos no ambiente escolar. Entende-se aqui a escola como espaço de construção e reprodução de valores sociais, atravessado por relaçõesde poder e saber que perpetuam moldes de dominação de alguns corpos sobre outros. Nesse contexto, ésugerido um olhar baseado na pedagogia engajada de bell hooks (2013), em diálogo com problematizaçõesligadas a gênero, corpo e dominação masculina a partir de Butler (2014), Le Breton (2006), dentre outros.Será descrito como a ação integrativa foi executada em um público-alvo formado por 35 crianças e adolescentesentre 10 e 14 anos que estudam em uma escola municipal de Salvador. Os dados indicam que83% delas consideram que o cenário ideal às aulas está no formato compartilhado entre meninos e meninas,e 77% afirmam ter presenciado algum tipo de preconceito na escola. Além disso, foram coletadasinformações reveladoras de como atos de preconceito foram vivenciados em suas caminhadas escolares. Éreforçado, então, o papel estratégico de docentes com disposição para tornar a educação física um espaço deacolhimento, afeto e formação crítica.\",\"PeriodicalId\":257057,\"journal\":{\"name\":\"Interfaces Científicas - Educação\",\"volume\":\"34 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-08-09\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Interfaces Científicas - Educação\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.17564/2316-3828.2021V11N1P109-123\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Interfaces Científicas - Educação","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17564/2316-3828.2021V11N1P109-123","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
“ELE NÃO VAI JOGAR PORQUE É VIADO!” PROBLEMATIZANDO RELAÇÕES DE GÊNERO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Este artigo tem o objetivo de apresentar uma proposta de ação integrativa para aulas de educação física. Sãoelaboradas críticas à tradicional visão de atividades separadas por gêneros e busca-se evidenciar comoessa disciplina é terreno fértil ao debate das questões ligadas a gênero, sexualidade e corporeidades. Alémdisso, a educação física pode ser crucial para o despertar de um posicionamento crítico, desafiador etransgressor diante dos padrões culturalmente estabelecidos e reproduzidos no ambiente escolar. Entende-se aqui a escola como espaço de construção e reprodução de valores sociais, atravessado por relaçõesde poder e saber que perpetuam moldes de dominação de alguns corpos sobre outros. Nesse contexto, ésugerido um olhar baseado na pedagogia engajada de bell hooks (2013), em diálogo com problematizaçõesligadas a gênero, corpo e dominação masculina a partir de Butler (2014), Le Breton (2006), dentre outros.Será descrito como a ação integrativa foi executada em um público-alvo formado por 35 crianças e adolescentesentre 10 e 14 anos que estudam em uma escola municipal de Salvador. Os dados indicam que83% delas consideram que o cenário ideal às aulas está no formato compartilhado entre meninos e meninas,e 77% afirmam ter presenciado algum tipo de preconceito na escola. Além disso, foram coletadasinformações reveladoras de como atos de preconceito foram vivenciados em suas caminhadas escolares. Éreforçado, então, o papel estratégico de docentes com disposição para tornar a educação física um espaço deacolhimento, afeto e formação crítica.