Ocorrência e distribuição espacial de espécies arbóreas invasoras utilizadas na arborização urbana, no Centro-Oeste do Brasil

Abstract

O objetivo deste trabalho é mapear áreas invadidas por espécies exóticas arbóreas com caráter invasor que são utilizadas na arborização urbana da região centro-oeste do Brasil. Para a seleção das espécies, foram realizadas pesquisas bibliográficas sobre espécies já conhecidas por seu potencial invasor, logo após, foi feito um levantamento na Base de Dados I3N, coordenada pelo Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, resultando em quatro espécies exóticas invasoras: Leucaena leucocephala, Terminalia catappa, Clitoria fairchildiana, Spathodea campanulata estas sendo utilizadas na arborização urbana na região Centro-Oeste do Brasil. Mapas de distribuição espacial de cada espécie foram elaborados, utilizando o software ArcGIS 10.8 (ESRI, 2020). Os registros georeferenciados das espécies foram obtidos em consulta ao Specieslink. Foram encontrados 136 registros de invasão das espécies na região centro-oeste, a espécie que apresentou maior número de ocorrências de invasão foi Leucaena leucocephala (41,17%), seguida de Clitoria fairchildiana (25,00%), Spathodea campanulata (17,64%) e Terminalia catappa (13,97%). Os ambientes preferenciais de invasão são áreas degradadas, seguido pelas formações florestais, áreas agrícolas e solos arenosos. Quando se trata dos impactos ecológicos, a maioria das espécies possui tem efeito alelopático. A maior ocorrência de espécies invasoras é Mato Grosso do Sul com 56 ocorrências das 136, seguido por Mato Grosso com 30 ocorrências, 22 no Distrito Federal e 6 em Goiás. Foram identificadas a invasão das espécies em Unidades de Conservação da região centro-oeste, isso pode representar um grande problema para a biodiversidade dos fragmentos naturais, os mapas de distribuição dos registros de ocorrência de servirão de orientação para que estratégias de controle da invasão. Os resultados desta pesquisa podem ser integrados em estratégias de apoio a prevenção, controle e manejo de plantas ornamentais invasoras e podem contribuir no desenvolvimento de programas de gestão de espécies exóticas invasoras.